O que pensam os jovens de baixa renda sobre a escola

Pesquisa desenvolvida pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) revela as expectativas e os conflitos dos estudantes no Ensino Médio

Autoria: Fundação Victor Civita

Em 2011, somente 51,6% dos jovens entre 15 e 17 anos estavam matriculados no Ensino Médio, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Os dados demonstram que, apesar da expansão do número de vagas a partir dos anos 1970, foram utilizados poucos recursos materiais e humanos capazes de atrair ou reter os estudantes na escola.

Para aprofundar os conhecimentos sobre eles - entendendo quais são suas percepções e atitudes sobre esse nível de ensino e como tais percepções influenciam, ou não, na trajetória educacional que seguiram - o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) realizou uma pesquisa com o apoio da Fundação Victor Civita (FVC), em parceria com o Banco Itaú BBA e a Fundação Telefônica Vivo. O levantamento, feito em 2012, envolveu jovens de 15 a 19 anos, que cursam ou cursaram o Ensino Médio por pelo menos seis meses, oriundos dos setores censitários 40% mais pobres de São Paulo e do Recife.

A pesquisa mostrou que os jovens não veem sentido em muitos dos conteúdos ensinados em sala e reclamam que os professores não usam a tecnologia durante as aulas. Outras questões levantadas são a falta de correspondência entre a realidade da escola e a vivida por esses adolescentes fora do ambiente educacional - em razão das intensas mudanças ocorridas na família, na cultura e nos meios de comunicação - e a ausência de consenso sobre os principais objetivos do Ensino Médio, se ele deve formar para o ingresso na universidade ou para o mercado de trabalho. A pesquisa foi coordenada por Haroldo da Gama Torres.

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Edição Especial

O que pensam os jovens de baixa renda sobre a escola
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