Contabilizando ganhos e perdas
Vera Serpa
Contabilizando ganhos e perdas para os trabalhadores em educação, chegamos ao final deste ano com um saldo positivo.
Mesmo não conquistando o Piso salarial, aprovado por lei e não cumprido em nosso estado. Mesmo com as escolas sucateadas, as mudanças no ensino médio sem discussão com a comunidade escolar, o descaso com a falta de recursos humanos não docentes, os funcionários de escola, que estão invisíveis as politicas deste governo.
Esses trabalhadores em educação são uma i...mportante parcela de nossa categoria que estão sendo explorados com o aumento de trabalho e nenhum reconhecimento. Pois, a muito tempo não é feito concurso público pra suprir as demandas, as promoções nem se fala quando vão ser atualizadas. As doenças devido aos movimentos repetitivos são constantes, laudos, delimitações, tudo isso sobrecarrega os demais.
Mesmo assim, tivemos um ganho incalculável que só não viu quem não participou da luta. Visto que, através da luta e das mobilizações desta valorosa categoria, na qual faço parte, tivemos alguns avanços: entre outros dois concursos públicos e a publicação de algumas promoções
atrasadas do magistério.
Neste mês de dezembro o governo sofreu mais um desgaste, os projetos que estavam pra ser votados em regime de urgência foram retirados, pois não seriam aprovados, entre eles o da gestão democrática e a redução de 40 para 10 salários mínimos no pagamento dos precatórios (um calote do governo) e foi aprovada a lei de inclusão dos funcionários que estavam fora do plano de carreira, e a lei que cria novos cargos administrativos.
O CPERS/Sindicato mais uma vez mostrou-se autônomo, independente e intransigente na luta pelos direitos da categoria, fizemos uma greve difícil, mas com ganhos políticos importantes, a comunidade escolar esteve ao nosso lado, professores, funcionários e alunos juntos nas ruas, nas reivindicações, na luta. Ainda temos muito a conquistar, nossa pauta de reivindicações é extensa, mas sem luta não há conquista, nenhum governo até hoje nos deu nada.
A educação não é prioridade para os governos, não há investimento no público, a prioridade é o privado, falta investimento em escolas e universidades públicas, mas sobra para convênios com instituições privadas. Dizem que sem educação não há futuro, concordo plenamente, mas sem investimento não há educação pública de qualidade, isto é fato.
Ainda em 2013 as mobilizações das ruas surpreenderam a todos, a voz do povo foi ouvida por muitos. As ruas foram tomadas por manifestações de todo o tipo, mas com foco nos direitos constitucionais, que nos são negados ao longo da história. O povo está acordando, despertando consciência politica e assustando os governos.
Esperamos que em 2014 a resposta ao descaso que sofremos venha nas urnas!
UM FELIZ ANO NOVO E MUITA DISPOSIÇÃO DE LUTA A TODOS.
Vera Serpa – Coletivo Avante Educadores- Intersindical