PARADOXOS...

PARADOXOS...

 

Na vida nos deparamos com  paradoxos, contradições.

Perplexos, assistimos a violência praticada contra os professores no Rio de Janeiro, com o uso irracional de bombas de efeito moral, spray de pimenta e outros artefatos. No Rio Grande do Sul, recentemente, ocorreram episódios semelhantes.

Leio no site do SINDPROF (Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo) que sua presidente foi transferida, no mínimo de forma equivocada e no máximo arbitrária, conforme nota de solidariedade do Grêmio dos Funcionários. Seja de forma equivocada ou arbitrária é uma atitude que, sem dúvida, atinge todos os trabalhadores.

Nesse momento é indispensável que não se poupe esforços para que o diálogo se restabeleça. A verdade é que governos estaduais e municipais descumprem leis (Lei do Piso Nacional, por exemplo) e respondem, muito deles, com autoritarismo e arrogância quando os educadores exigem seus direitos.

Vale lembrar aos que desempenham cargos no Executivo (estadual ou municipal) que nenhum governo que desrespeitou a educação passou impune. Almejar educação de qualidade e não respeitar os educadores são atitudes paradoxais, contraditórias.

Defender a democracia, lutar pela mesma, como muitos que hoje estão no poder fizeram no passado, e, agora não aceitar a crítica e negar-se a sentar à mesa de negociação é como rasgar a história em que foram protagonistas.

Por outro lado, os educadores não suportam mais as desculpas dos governos de que não têm dinheiro para a educação, enquanto para outros setores sobram recursos.

É lamentável e extremamente decepcionante ver episódios como os do  Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Bombas contra educadores! A perseguição a sindicalistas não tem nada de democrático.

Tais atitudes tornam-se extremamente paradoxais ao partirem de executivos, liderados pelo partido, cuja maior estrela é ex-sindicalista e foi presidente da República. Talvez  seja o momento de alguns reverem seu passado e lembrar seu tempo de luta. Quem sabe isso desarmaria os ânimos e aumentaria a compreensão com os que ainda lutam!

 

         Siden  Francesch do Amaral

       Diretor Geral do 14º Núcleo CPERS/Sindicato




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