Alunos da Escola Borges protestam

Alunos da Escola Borges protestam

Alunos da Escola Borges protestam pelo fim do ensino politécnico

Estudantes foram até a 24ª Coordenadoria Regional de Educação pedir o fim do modelo de ensino

Alunos da Borges: caminhada pelas ruas até a 24ª CRE



Alunos da Borges: caminhada pelas ruas até a 24ª CRE

 

Estudantes da turma 201 da Escola Estadual Borges de Medeiros caminharam nesta manhã pelas ruas de Cachoeira do Sul em protesto contra o ensino politécnico. Com cartazes, apitos e narizes de palhaço, os estudantes foram até a 24ª Coordenadoria Regional de Educação para entregar um documento de apoio aos educadores. "Apoiamos nossos professores. Estamos com eles, juntos, para cobrar do governo condições dignas para que os estudantes possam aprender e os educadores possam ensinar", diz o documento.

Os estudantes alegam que o ensino politécnico, instituído no ano passado, é prejudicial em termos de conteúdo. Os alunos reclamam que as cargas horárias para os professores participarem de seminários acabam diminuindo os conteúdos que serão cobrados em vestibulares, Enem e concursos. Os estudantes querem o apoio da 24ª CRE pelo fim do politécnico.

http://www.jornaldopovo.com.br/site/noticias_interna.php?intIdConteudo=191675&login=1

 

Estudantes das Escolas Borges e Diva saem em defesa da greve dos professores

 

Alunos se voltam contra o ensino politécnico. Cpers mostra preocupação com preparação de alunos para Enem e vestibulares

 

Alunos da Escola Borges: grupo também reivindica na greve dos professores

Alunos da Escola Borges: grupo também reivindica na greve dos professores

 

Um grupo de estudantes das Escolas Borges de Medeiros e Diva Costa Fachin abraçaram a causa dos professores estaduais e se voltaram contra o ensino politécnico, adotado nas escolas estaduais no ano passado.

 

Nesta segunda-feira, no primeiro dia da greve do magistério, os alunos tiveram a oportunidade de se expressar em duas plenárias, mostrando a indignação contra o novo modelo de ensino.

 

Um dos alunos que apoiam a greve, Leonardo Goldas, 17 anos, não precisou passar pelo ensino politécnico.Ele cursa o terceiro ano da Escola Borges, mas mostra preocupação com os estudantes que terão de passar pela modalidade.

 

"Somos conscientes de que esse ensino é defasado. Ele tira a carga horária das matérias mais importantes. No primeiro ano é 25%, no segundo 50% e no último passa para 75%", lembra. 

 

A estudante Gabriele Fagundes, 17, também do terceiro ano da Escola Borges, acredita que os professores devem se encorajar e ir à luta pelas suas reivindicações, que também inclui o fim do politécnico.

 

"Vejo que os professores estão com medo porque o governo irá cortar o salário pelos dias parados. Mas precisamos de mobilização. O governo está nos tirando as aulas", afirma.

 

GREVE -
Dependendo de quanto tempo a paralisação tiver duração e também de quantos professores irão aderir ao movimento, as aulas podem se estender até as férias escolares.

 

Diferente de muitos alunos, que não gostariam de ter aula no verão, a estudante Luiza Alves, 16, do segundo ano do Borges, vê o lado bom da situação. "Teriamos que abrir mão dessas férias, mas com certeza seriam por uma boa causa, pois precisamos de melhorias no ensino e na remuneração dos professores", frisa.

 

Preparação para ensino superior preocupa
Outra questão levantada na plenária foi a preparação dos estudantes para vestibulares e também para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

 

Segundo a coordenadora do 4º Núcleo do Cpers, Gleci Hoffmann, os estudantes das escolas estaduais estão perdendo a competitividade com o politécnico.

 

"Se essa modalidade fosse boa, as escolas particulares teriam aderido também. O politécnico é um ensino que não ensina e não prepara para o mercado de trabalho", salienta.

 

A plenária da tarde foi considerada satisfatória por Gleci, que espera maior presença nos próximos encontros.

 

"Essa será uma greve diferente, que não terá tanta adesão dos professores, pois eles se sentem ameaçados. Mas os alunos farão a diferença e irão lutar com a gente", comenta.

 

A diretora da Escola Borges, Giovane Streck, se surpreendeu positivamente com a mobilização dos alunos. "Que bom que eles estão se manifestando. Não imaginei que chegaria nessa dimensão", comemora.

 

ATENÇÃO
Os estudantes da Escola Borges de Medeiros, com o apoio da Escola Diva Costa Fachin realizarão uma caminhada nesta terça-feira, às 8h. A concentração inicia as 7h30min, na frente da escola, e irá até a 24ª Coordenadoria Regional de Educação (24ª CRE), onde eles entregarão um documento solicitando o fim do ensino politécnico.

 


PARA SABER MAIS

Cronograma da greve do magistério estadual em Cachoeira do Sul

 

TERÇA-FEIRA
8h
Caminhada dos estudantes da Escola Estadual Borges de Medeiros, com saída da frente da escola

 

13h30min
Caminhada em defesa das APAES, com saída da Praça da Caixa D Agua

 

16h
Plenária de mobilização com professores, funcionários e estudantes, na Escola Borges de Medeiros

 

QUARTA-FEIRA
10h
Ato público estadual, em Porto Alegre, com concentração em frente ao Cpers/Sindicato.

 

QUINTA-FEIRA
9h
Plenária regional em Cachoeira do Sul: Piso sim, politécnico não, na sede do Sindicato dos Professores Municipais (Siprom)

 

SEXTA-FEIRA
9h
Marcha pela Educação: Atividade pelo Dia Nacional de Paralisação, com saída da Praça José Bonifácio  

Jornal do Povo

 




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