Direito de resposta

Direito de resposta

Direito de resposta que imponho a mim

Não é a primeira vez que algumas pessoas não gostam do que escrevo. Estou acostumado, pois como sou muito crítico certas vezes, é normal não gostarem.

Mas, desta vez, é diferente. Diferente pois algumas pessoas que não tive a menor intenção de ofender, se magoaram.

Por isso, escrevo um pedido de desculpas.

O artigo que gerou a polêmica foi o que contesto uma gravação da rede globo na escola.

Conversando com algumas amigos, percebi que, sim, pessoas têm razão em se sentirem ofendidas, mesmo que não tenha sido minha intenção.

Então, venho esclarecer.

Não retiro o que disse dos programas da globo, nem do fato de que os programas de educação da globo invariavelmente trazem especialistas que não são a favor do professor. Então, quanto a isso, estou tranquilo em minhas posições e opiniões.

Quando disse que é “fake”, disse que “armaram um circo”, mas não poderia deixar de dizer que a reunião de professore que foi filmada foi, realmente, uma reunião de professores.

Nem sempre as reuniões são como aquela, é verdade, pois nesta, em especial, uma colega iria repassar algo sobre um projeto que está participando. Então, a reunião era verdadeira e foi coincidência que fosse aquela.

Somente chamo a atenção para o fato de a filmagem ser editada do jeito que eles querem e nem sempre filmam algo real. Peço desculpas aos colegas.

Quando “convido” à emissora a realmente conhecer o dia a dia da escola, listo uma série de problemas – que NÃO, não são exclusivas de uma determinada escola, mas que fazem parte do dia a dia real de todas as escolas do Brasil – e fica parecendo que a escola em questão só tem coisas ruins e que nada se faz para combater os problemas.

Ambas as afirmativas são erradas. Então:

1 – Se eu dei a entender que a escola é um mero caos, somente com problemas e nada de bom, NÃO É VERDADE.

Eu poderia fazer também uma lista de boas coisas. Somente àquele momento eu estava extravasando CONTRA A EMISSORA e, por conta disso, convidei-a a acompanhar a escola e conhecer os problemas que enfrentamos.

Mas, se acompanhasse realmente o dia a dia da escola, veria também a maravilhosa comida que lá é feita; o maravilhoso trabalho de sala de recursos com alunos com necessidades especiais; veria o quanto a direção se empenha em manter a escola limpa e agradável; a luta diária das inspetoras de turno para manter os alunos e a escola em ordem; o trabalho árduo e profícuo dos professores em sala de aula; a dedicação do pessoal de limpeza; e muitas outras coisas boas, a despeito dos problemas que existem.

Não estou falando isso para puxar saco de ninguém, somente para ser justo, pois é tudo verdade. Falo agora, pois antes somente falei as ruins.

2 – Em segundo lugar, se eu dei a entender que a direção e demais profissionais da escola não atuam para resolver os problemas apontados, também NÃO É VERDADE.

Se eu deixei esta impressão, peço desculpas novamente e me redimo.

Há um trabalho intenso da direção para a resolução de todos os problemas e eu estaria sendo injustíssimo se falasse ao contrário.

Mesmo quando eu disse que “nada foi feito”, soube depois que foi. Neste caso, eu mesmo me perdôo, pois fui parte integrante e interessada, mas eu mesmo não soube de nada, então, para mim, nada era. Mas foi.

Então, mais uma vez, desculpando pelo mal entendido. Os problemas existem, como em todas as escolas, mas sim, há um trabalho para a resolução de todos eles e isso não foi citado.

Independente de qualquer crítica que eu possa ter – que costumo fazer e costumo discutir com os envolvidos - este artigo é somente para um “direito de resposta” que eu mesmo imponho a mim, pois detesto ser injusto e magoar quem não merece.

Não nego minha opinião quanto aos programas sobre educação da globo (e ainda acho que eles vão chamar o ioschpe); não nego que as escolas têm problemas como os que citei (mas não estava falando DAQUELA escola, mas de ESCOLAS em geral, pois todas têm estes problemas muito parecidos); porém, meu artigo foi demasiado injusto ao não dar ênfase também às coisas boas que as escolas têm e não dar ênfase à atuação dos profissionais da escola (direção, professores, pedagogos, apoio, etc.) na resolução dos problemas.

Não tenho problema em criticar ninguém, como sabem meus parcos leitores, mas ser injusto e magoar quem não merece, não é do meu feitio.

Escrevo este pedido de desculpas porque a minha intenção com o artigo anterior era criticar a REDE GLOBO e seus programas de educação que sempre batem nos profissionais de educação, e não aos colegas da escola, a direção, os professores de lá, etc.

Abraços,

Declev Reynier Dib-Ferreira humildemente

ps. Este artigo nasceu de minha própria vontade e é de todo sincero. Não fui “enquadrado”, não se preocupem.




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