Professores insatisfeitos
Por que os professores estão insatisfeitos com o sindicato
Recebemos o artigo que transcrevemos na íntegra abaixo. Embora o Dever de Classe esteja chamando o voto NULO nas eleições 2013 do Sinte-Pi, abrimos espaços para quem quiser divulgar qualquer uma das chapas nesse processo eleitoral
Chapa 2 - Resgatar o Sinte-Pi
Por Paulo Sérgio Santos Rocha*
Nos últimos anos, os professores da rede estadual de ensino do Piauí demonstram insatisfação com os rumos que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Piauí – (SINTE-PI) vem tomando, os docentes alegam perdas históricas, a não defesa dos direitos da categoria e o desrespeito ao estatuto do sindicato, com a aproximação das eleições é hora dos docentes demonstrarem essa insatisfação nas urnas.
Os governantes alegam faltam de recursos para atender as demandas do magistério, por isso, retiram direitos. Com a implantação do Plano de Carreira homologado em 2006 houve alterações na mudança de nível e classe, redução da carga horária em função da idade e tempo de serviço, de maneira que, o professor não tem estímulo para desempenhar um bom trabalho e isso se reflete na qualidade do ensino. Acordos são feitos que prejudiquem a categoria como é o caso dos precatórios. Cada docente pagará 27,5% de honorários advocatícios que correspondem a R$ 100 milhões, um grupo de professores se rebelou por entender que os advogados já são pagos pelo sindicato.
No ano passado, na época da greve, o (SINTE) não soube conduzir o movimento. O governo, que incorporou a regência dos professores e não cumpre a redução da carga horária propôs o reajuste do piso em 4 parcelas concluindo em outubro. A maioria dos professores da capital não aceitaram a proposta, no entanto, em assembléia com a presença de professores de todo o estado a presidente do sindicato Odeni de Jesus propôs o fim do movimento alegando que o governo não negociaria mais com a continuação da greve. Como não foi capaz de conter a crise, o sindicato decidiu acabar com o movimento paredista.
No tocante ao estatuto, em seu artigo 2º é finalidade do sindicato defender a categoria, incentivar a unidade de classe e o surgimento de novas lideranças, no entanto, o que se vê são as mesmas pessoas que conduzem o sindicato há décadas sem nenhuma renovação. Os professores devem observar este detalhe ao votar.
Portanto, é preciso resgatar o sindicato para a defesa dos direitos dos trabalhadores em educação. Uma entidade que estabeleça a unidade de classe, não faça acordos que prejudiquem os trabalhadores e cumpra com suas normas estatutárias. Para esta eleição, houve uma união das oposições, a chapa 2 – Resgatar o SINTE pela base, tendo como candidata a presidente a professora Núbia e vice-presidente o professor e Hallysson , dois companheiros de luta que sempre estiveram defendendo os trabalhadores e propõem um sindicato que realmente lute e defenda os trabalhadores. É uma opção para os professores que estão insatisfeitos com os rumos que a direção atual está tomando.
O sindicato dos trabalhadores em educação precisa de renovação
No próximo dia 18 de junho acontecerá a eleição da nova diretoria no Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Piauí (SINTE).
A disputa terá duas chapas, a da situação, encabeçada pela atual presidente, Odeni de Jesus e a da oposição que tem como candidata a presidente a professora Núbia e vice o professor Hallysson que já foram candidatos e nessa eleição decidiram se unir com outras forças oposicionistas para tentar derrotar o atual comando que está há mais de 20 anos no poder. É necessário uma renovação nos quadros do sindicato, pois, existe um desgaste nas decisões do mesmo e a insatisfação dos trabalhadores está muito grande.
Percebe-se que não houve um incentivo no surgimento de novas lideranças na atual diretoria do (SINTE), são as mesmas pessoas na chapa 1, o que houve foi uma troca nos cargos de direção, já que, nessa situação, os diretores podem ser reeleitos mais de uma vez, de modo que, sem renovação observa-se uma acomodação dos dirigentes sindicais. Na chapa 2 – resgatar o (SINTE) pela base -, é composta por pessoas que nunca participaram dos cargos de direção e sempre estiveram defendendo os direitos da categoria.
Como está há muito tempo no poder, vê-se, que o principal objetivo do sindicato, que é defender a categoria foi deixado de lado como a perda de direitos na mudança do último plano de carreiras, na questão dos precatórios, em que o trabalhador terá que pagar 27,5% de honorários advocatícios, o que é contestado por alguns servidores, já que o sindicato tem uma assessoria jurídica paga para resolver essa demanda, ainda mais, a condução da greve em 2012 onde o governo incorporou a regência dos professores e propôs o parcelamento do reajuste do piso em 04 parcelas. Como o sindicato não foi capaz de conduzir o movimento, decidiu acabar com a greve sem o consentimento da maioria dos professores da capital, onde a greve estava mais forte. A chapa 2 propõe um plano de lutas para resgatar os direitos dos trabalhadores ouvindo a base do sindicato que é quem fortalece a luta.
Portanto, é importante que todos os trabalhadores em educação tenham consciência na hora de votar em novas lideranças que já mostraram que estão ao lado dos trabalhadores. A chapa 2 defende melhores condições de trabalho e salariais para todos os servidores incluindo os funcionários de escola, especialistas, técnicos, motoristas, vigias, merendeiras entre outros, não pagamento de 27,5% de honorários na questão dos precatórios, redução da carga horária como manda a lei do piso, um novo plano de carreiras que resgate os direitos perdidos, volta da regência, férias proporcionais de 45 dias, transparência nas contas do sindicato, pois, o servidor tem o dever de saber o que é gasto com sua contribuição. Só assim, votando na chapa 2 o trabalhador em educação terá um sindicato democrático, que consultará a base nas tomadas de decisões e que lutará pelos seus direitos.
*Paulo Sérgio Santos Rocha é professor da rede municipal de Teresina e estadual do Piauí.