Novos currículos para futuros docentes

Novos currículos para futuros docentes

É preciso oferecer novos currículos para futuros docentes

 José F. De Lima


Os professores ainda usam pouco as tecnologias aplicadas à educação. Alguns motivos podem explicar essa realidade. Primeiramente, as escolas do Brasil não foram adequadamente equipadas. Existem unidades com computadores, mas muitas vezes eles não têm uma conexão à internet de qualidade. E, quando as escolas possuem equipamentos adequados, o acesso nem sempre é livre.

O tipo de formação que o professor teve é outra razão que pode justificar a baixa utilização das tecnologias na escola. Em geral, eles não foram qualificados, especialmente, para trabalhar com a tecnologia nas salas de aula, até porque a internet surgiu na década de 1990, algo muito recente. Hoje, eles estão desafiados a aprender ao mesmo tempo em que aplicam os computadores na sua rotina.

O problema é que essa falha na formação continua até hoje. Os cursos de formação de professores em todo o País ainda não contemplam fortemente o uso de tecnologia da educação como disciplina. É preciso oferecer novos currículos para que os atuais estudantes de graduação, os futuros professores, já cheguem às escolas sabendo usar as tecnologias em seu proveito. Precisamos tratar desse tema com mais detalhe, mais formça.

Além disso, as secretarias de educação precisam oferecer mais cursos para os profissionais que já estão nas escolas, mas que não tiveram uma formação voltada para o melhor uso de instrumentos modernos.

No entanto, é sempre importante perceber que a tecnologia não deve dispensar a intermediação do professor. Ela pode ser um bom instrumento, mas é com o trabalho do educador que o aluno conseguirá agregar mais conhecimento.

Ponto de Vista de José Fernandes de Lima, é presidente do Conselho Nacional de Educação .

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