Bipolaridade na educação

Bipolaridade na educação

 

Bipolaridade na educação

Declev Reynier Dib-Ferreira

 


 




A educação é uma bipolaridade absoluta.

Aliás, uma polipolaridade total.

Em determinados momentos, sinto-me feliz e eufórico, pois consigo dar aulas e os alunos aprenderem.

Nestas horas, tenho ideias e me aparecem projetos na mente.

Em outros, depressivo e pessimista.

A vontade é largar tudo e  mandar pra “longe” tudo e todos.

O problema é que a primeira situação preenche 90% do meu tempo de professor.

Não dá pra se sentir empolgado em uma profissão…

na qual você tem que oferecer algo que seus clientes não querem;

em que seu patrão acha que você é vagabundo, não sabe trabalhar e não merece ganhar o que você de fato merece;

em que seu local de trabalho é uma pocilga quente e suja, mas aparece na mídia como um Taj Mahal.

Obviamente há exceções e nem todas as escolas são iguais. Mas quem acha que eu exagero, venha, venha dar aulas em meu lugar por apenas uma semana.

Mas não fale de nós – professores – de dentro de uma sala com ar condicionado e uma cadeira confortável escrevendo no computador.

Ah, nem de uma sala de escola de elite, nem de uma universidade.

Somos de universos distintos.

Abraços,

Declev Reynier Dib-Ferreira
No momento, mais cansado e frustrado do que deprimido




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