Como conquistar uma mulher – Homenagem às mulheres

Como conquistar uma mulher – Homenagem às mulheres

Como conquistar uma mulher – Homenagem às mulheres

Declev Dib-Ferreira

 

 



 

No Dia Internacional das Mulheres – eu que não sou de comemorar “dias” – deixo minha homenagem em forma de crônica.

Escrevi esta há um bom tempo (considere que estou agora com 42…) e estava publicada no meu blog de poesias e outros escritos, o Hebdomadário Cultural.

 

Vamos ao texto:

 

Como conquistar uma mulher


Após 34 anos de profundas análises, pesquisas, perguntas, experiências próprias, filmes assistidos e outras formas de recolher as mais variadas e confiáveis informações, acho que talvez, quem sabe, quiçá eu tenha entendido como agradar e conquistar uma mulher – e para sempre!


Afinal, nada pode ser mais simples que a alma feminina…

Basta que você seja bonito como o Rodrigo Santoro (ou Brad Pitt, se preferir…), engraçado como Os Normais, de alma poética como Cyrano de Bergerac, bom amante como Don Juan, rico como o sultão de Brunei, que você lhe faça todos os desejos como o Sr. Bovary, que lhe conquiste todos os dias como se fosse a primeira vez, que faça amor bem carinhoso quando ela assim o desejar e faça sexo selvagem quando ela assim o quiser – e que o saiba sem perguntar!, que a compre flores todos os dias, adore a sogra, se dê bem com o sogro, com os cunhados e que nunca, absolutamente nunca dê razão à sua própria mãe em detrimento dela, que a acompanhe no chópin feliz da vida e sorrindo, que a deixe escolher suas roupas (as suas e as dela), que você saiba cozinhar – e cozinhe! – e que lave a louça (pois elas detestam), que estenda as roupas para secar, que saiba


instintivamente que o mau humor repentino é da TPM e que a entenda e conforte (ficando calado, seu verme!!!), que a deixe vendo TV à noite quando você tem que dormir cedo pra acordar super cedo e a desligue 10 minutos depois, quando ela já dormiu, que você pague todas as contas, que a leve para jantar no restaurante mais chique em um dia e a leve para um cachorro-quente no outro, que a leve para dançar tecno em um dia, para dançar forró no outro e valsa no outro, que a leve para ver o pôr do sol em um dia, à praia no outro e à montanha no outro – e as vezes tudo isso no mesmo dia! –, que mude o rumo do mundo por causa dela como o super-homem, que diga sempre sim, que finja (sem ela saber) aprender tudo com ela, que você ame as sandálias e as bolsas tanto quanto ela e ache natural comprar mais algumas porque “está precisando e não tem nenhuma” – embora haja um armário cheio delas, que você nunca, absolutamente nunca responda com sinceridade negativa à perguntas como “você acha que engordei?” ou “esta roupa está boa?”, que você sempre, absolutamente sempre repare quando ela for ao cabeleireiro e der aquele cortezinho de cabelo que faz toda a diferença, além das unhas das mãos e – principalmente – as dos pés, que você a espere se arrumar pacientemente, sorrindo, esperando-a dizer pelo menos cinco vezes “tô pronta” e, sabendo que ela não está, nunca dizer “então vamos”, que nunca ria de uma cena de filme ou novela em que ela esteja chorando, que converse sempre com ela, animadamente e ouvindo-a atentamente, mesmo você estando extremamente cansado, de mau humor ou com dor de cabeça, e que lembre dos mínimos detalhes da conversa no dia seguinte, na semana seguinte, no mês seguinte, no ano seguinte e sempre que ela perguntar “você lembra…?”, que jamais, absolutamente jamais esqueça de datas como o primeiro dia que se viram, a primeira vez que se beijaram, o primeiro cinema, o primeiro restaurante, a primeira vez, o início do namoro, do noivado, do casamento, do aniversário, do dia internacional das mulheres, do dia das mães (se ela ainda não é, por causa da mãe dela, não da sua!)…


Viu como é fácil? A mim só falta a parte do sultão de Brunei…


Espero que tenham gostado.

Abraços,

Declev Reynier Dib-Ferreira

 

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