Edith Jaques
É necessário que todos os Professores leiam o CP de POA, pág. 02, pronunciamento do Senhor Secretário de Educação sob o título "Valorização do Magistério". É um pronunciamento à sociedade gaúcha, segundo ele, o Professor está sendo valorizado à partir da carreira e do Piso, que nenhum Professor da rede Estadual está recebendo abaixo do Piso e, que a reposição salarial é a maior nos últimos 40 anos. Ou quem sabe, durante 40 anos os Professores tiveram essa reposição salarial (soma de 76%).
Como a tal formação continuada (?) vai valer para a promoção na carreira, se os que já possuem mais formação não são valorizados? A tal carreira é tão aplicada que as ultimas promoções foram relativas a 2001 ou 2002.
É correto afirmar que 80 mil Professores voltam às aulas sem receber o Piso Nacional do Magistério, o que lhes é de direito, garantido por Lei.
A sociedade gaúcha pertence a uma das porções do território nacional onde a Lei não é cumprida, nem na Educação, nem na saúde. Onde se tenta transmitir ideologicamente o que não é verdadeiro, fazendo crer numa administração perfeita, onde nada falta, inclusive Educação e salário justo para os Professores, onde o Piso Nacional do Magistério é cumprido.
Faz recordar o lema de Joseph Goebbels: " Uma mentira dita cem vezes, torna-se verdade". A história de que nenhum Professor recebe abaixo do Piso ou, recebe o Piso, deve penetrar na consciência de toda a sociedade gaúcha, passando a ser aceita como verdade e, mesmo na consciência de cada Professor, isso é ideológico. E, essa é a intenção do Senhor Secretário.
Será o Professor obrigado a viver de devaneios... Sonho em vão... Acreditar que recebe o Piso Nacional do Magistério, quando na verdade não recebe? Completivo não é Piso! Quem recebeu a maior das remunerações em 40 anos durante este tempo?...
Para concluir, quero acrescentar que assisti uma entrevista na TV na qual era convidada a cubana Yoane, defensora dos direitos humanos em Cuba, onde uma das perguntas era: se a mesma não tivera interesse em ser uma representante política (candidata, se subentende).
Resposta: Não. Logo em seguida não daria certo, faltaria cinismo.
Nós brasileiros, votamos em candidatos, para que estes votem contra nós (quando eles votam projetos)!
A sociedade gaúcha, incluindo os Professores têm que viver de realidade, não de fantasia!... De devaneios...
Conclusão: O Poder não é eterno!
Até breve!
Cachoeira do Sul, 28 de fevereiro de 2013.
Edith Jaques (Professora)
Que país é este
Que país é este, onde quem fala a verdade é vencido? É de dispensar comentários, leiam a pág. 02 do CP de hoje, apesar da pequena nota, dá para concluir.
Resta ao Magistério apenas reconhecer que teve um defensor o qual merece o título de "Baluarte da Justiça". Falou a verdade, mas não conseguiu que outros o seguissem.
É sempre assim, voltamos ao tempo em que a Lei está do lado do mais forte, ou ainda, ao tempo do culto ao Estado. Em primeiro lugar o Estado, depois o cidadão. Apenas com uma diferença. Agora, são os cofres públicos, o herário público que é cultuado, principalmente quando tem que pagar os que trabalham. Ao invés de "Tudo pelo Estado, tudo para o Estado, nada fora do Estado". Agora é:"Tudo para os cofres públicos, com exceção de quem exerce algum poder de mando ou de controle, pois é para estes que existem reservas nos cofres públicos.
Os adeptos dos que exercem o Poder de mando, admiram essas medidas, falam as mesmas coisas, ao tempo todo, com a finalidade de convencer o maior número de pessoas, dando a impressão de que levam um disquete gravado (na barriga) com as mesmas palavras tendo a mesma finalidade. Enquanto isso, o Governador diz que vai continuar a mesma política de valorização do Magistério, ou seja, de convencimento de todos de que tudo vai bem e de que o Magistério está recebendo o Piso salarial.
Estou triste não só por mim, mas pelos Professores do Brasil inteiro! Num país onde o povo ainda pensa que vota para eleger seus representantes. Tudo pode acontecer!...
Colegas! Votar neles,...
é esperar que eles votem contra você (nos projetos)!..
Edith Jaques (Professora)
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