Indenizações miseráveis
Indenizações miseráveis, perseguições e assédio moral: 2017 não acabou para os professores grevistas do RS
Em meio aos votos de feliz ano novo, chama atenção nas redes sociais relatos de abusos do governo Sartori contra os professores grevistas e os servidores gaúchos. Além disso, mais atraso nos salários e no 13º, e miseráveis "indenizações" do governo pelos mais de 20 meses de parcelamento mostram que 2017 não acabou para os professores grevistas do RS.
Redação Rio Grande do Sul quarta-feira 3 de janeiro
Além de mais um calote no 13º, impondo aos trabalhadores que tirassem empréstimos no Banrisul, o governo depositou indenizações miseráveis aos servidores pelos mais de 20 meses de parcelamentos de salários. Os valores variavam entre R$20 e absurdos R$7!
Enquanto isso nas escolas o governo busca impor um abusivo calendário de recuperação de aulas, decidido sem participação de professores e alunos, enquanto as Coordenarias Regionais de Educação (CREs) e as direções das escolas perseguem grevistas, sobretudo os contratados. A não demissão dos contratados foi uma conquista da greve, a maior mobilização da categoria nos últimos anos. Porém, na impossibilidade de demitir o setor mais precarizado da categoria, o governo persegue os trabalhadores.
São inúmeros os relatos que circulam nas redes sociais sobre essa política do governo e das direções de escola. Professores relatam as direções dispensando grevistas, colocando-os à disposição da Secretaria de Educação. Os que mais sofrem com isso são, mais uma vez, os contratados que, com o novo ano letivo que se aproxima terão seus contratos vencidos e muitos devem ficar sem emprego.
O calendário de recuperação de aulas imposto pelo governo também é tema de debate e insatisfação entre os trabalhadores. Segundo o calendário, professores e estudantes ficarão praticamente sem férias, em escolas sucateadas que não têm estrutura alguma para ocorrer aulas em pelo clima escaldante de janeiro e fevereiro. Essa é uma medida que busca colocar alunos e pais contra os professores grevistas, investindo contra uma das grandes forças desta greve: o apoio da população.