História da Educação
INTRODUÇÃO:
Será analisado neste trabalho, os principais períodos da educação: com inicio, o período jesuítico até os nossos dias.
Abordaremos ainda como cada período histórico do nosso país contribuiu para educação atual.
PERÍODO JESUÍTICO
A companhia de Jesus, foi fundada por Inácio de Loiola e um grupo pequeno, em paris, em 1534, tinha como objetivo catequizar, devido a reforma protestante. E foi influenciado pelo período Romano. A educação passa a ser discutido como príncipio da fé.
Em março de 1549 chegaram os primeiros Jesuítas no Brasil, comandados pelo Manoel da Nobrega e acompanhado pelo governo geral, Tomé de souza.Iniciou-se a educação nos moldes europeus.
Com objetivos à pregação da fé católica e ao trabalho educativo, os Jesuítas se dedicaram. E para isso ensinaram os índios a fé católica, sendo necessário ensiná-los a ler e escrever. Também iniciaram com os ensinos profissionalizantes estendendo-se para o sul, incluia de prática agrícola marcenaria e ferraria. O aluno que não consegue a se adaptar à normas da escola, é expulso. A escola Jesuítica eram regulamentados por um documento,escrito por Inácio Loiola, chamado Ratio Studiorum. Além dos cursos profissionalizantes, tinha cursos superiores como: letras, filosofia, teologia e ciências sagradas. Os Jesuítas trouxeram à educação Européia para o Brasil de uma forma organizada.
Os índios perderam sua identidade, pois as cidades desejavam integrá-los ao processo colonizados; já os Jesuítas desejavam convertê-los ao cristianismo e aos valores europeus; e os colonos estavam interessados em escravizá-los.
Os Jesuítas com objetivo de proteger os índios, criaram as missões, assim os índios eram catequizados e orientados no trabalho agrícola e garantia aos Jesuítas uma fonte de renda. Assim os Jesuítas ganhavam confiança dos índios.
Com essas missões, facilitou a captura pelos colonos, a tribos inteiras transformando-os em sedentários.
Os Jesuítas foram expulsos de todas as colônias Portuguesas por decisão de Sebastião José de Carvalho, Marquês de Pompal, primeiro ministro de Portugal . Os Jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários. Por isso, foi provado que os colégios Jesuíticos foram o instrumento de formação da elite colonial. E os indígenas eram apenas catequizados. A educação feminina restringia-se a boas maneiras e prendas domésticas. Por os Jesuítas controlar cada vez mais à educação, foi expulso de Portugal e do Brasil, em 1759.
PERÍODO POMBALINO
Os Jesuítas foram expulso das colônias por Sebastião José de Carvalho, o Marquês de Pombal, primeiro ministro de Portugal de 1750 à 1777, com objetivos bem diferentes. Pombal pensava em reerguer. Portugal da decadência que se encontrava diante de outros potência europeias da época.A educação Jesuítica não convinha aos interesses comerciais emanados poe Pombal, ou seja, se as escolas da Companhia de Jesus tinham interesses da fé, Pombal pensou em organizar a escola para reunir aos interesses do Estado.
Por meio de um alvará de 28 de junho de 1759, Pombal criava as aulas régias de latim, grego e retórica. Criou também a Diretoria de Estudos que só passou a funcionar após o afastamento de Pombal. As aulas régias era autônoma e isolada. A educação no Brasil estava estagnada e para solucionar esse problema Portugal instituiu o subsídio literário para manutenção dos ensinos primário e médio. Os professores eram mal preparados para a função e estes eram nomeados por indicação. Tive destaques apenas cursos de estudos literários e teológicos. Já o resultado da decisão de Pombal foi que, no princípio do século XIX, a educação brasileira estava reduzida a praticamente nada e esta situação somente sofreu uma mudança com a chegada da família real ao Brasil em 1808. Seguiram-se a organização conservadora do império escravocrata e a manuntenção de estruturas sociais e legais, centradas na desigualdade. A escola era reservada para os filhos daqueles que detinham o poder ou de profissionais liberais que estudavam para se tornar como seus pais, era excluído os filhos dos operários e de agricultores, resultaria ao analfabetismo.
PERÍODO JOANINO
Com a invasão de Portugal, em 1807, pelas tropas Francesas, a família real e a corte se viram obrigadas a vir para o Brasil sob a guarda inglesa. Com interesses envolvidos abriram-se os postos às nações amigas.
Houve mudanças em sentido intelectual, como a criação da Imprensa Régia em 13 de Maio de 1808, da primeira biblioteca pública e do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro em 1810, do Museu Nacional em 1818, e de jornais, como, o gazeta e o Patriota.
Foram criados cursos de agricultora, na Bahia; de escolas de serralheiros, em Minas Gerais e a criação do laboratório de química , no Rio de Janeiro.
Na aréa educacional, foi fundado uma escola de educação, onde se ensinavam as línguas portuguesas e francesas, retórica, aritmética, desenho e pintura. Em maio de 1808, o curso superior era voltado para a formação de civis e militares, engenheiros, médicos e cirurgiões para o exército; e técnicos em economia, agricultura e industrial para a marinha, esses cursos representaram o início do nível superior de ensino profissionalizante, já o primário, continuou sendo direcionado para o nível técnico; e o ensino secundário continuou à organização de aulas régias.
PERÍODO IMPERIAL
Em 1820, o povo Português mostra-se descontente com a demora do retorno da Família Real e inicia-se a Revolução Constitucionalista, na cidade de Porto. Isto apressa a volta de D.João VI a Portugal em 1821. Em 1822, a 7 de setembro, seu filho D.Pedro I declara a Independência do Brasil, e, inspirada na Constituição Francesa, em 1824 é autorgada a primeira Constituição Brasileira. O artigo 179 desta Magnia dizia que a “instrução primária é gratuita para todos os cidadãos”.
Em 1826 um decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e Academias. E, em 1827 um projeto de lei propõe a criação de pedagogias em todas as cidades e vilas de prever o exame na seleção de professores, para nomeação. Propunha ainda escolas para as meninas.
Em 1834, o ato Adicional à Constituição dispõe que as províncias passariam a ser responsáveis pelo ensino primário e secundário. Em 1835, surge a primeira escola normal do país em Niterói, a educação brasileira se perdeu mais uma vez. Em 1882 Ruy Barbosa sugere a liberdade de ensino, ensino laico e obrigatoriedade de instrução, obedecendo as normas emanadas pela Maçonaria Internacional.
Em 1837, é criado o colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o curso secundário, no qual, não conseguiu atingir seu objetivo até o final do Império.
Até a Proclamação da República, em 1889 praticamente nada foio feito pela educação brasileira.
PERÍODO REPUBLICANO (1889-1929)
A República proclamada adota o modelo político americano baseado no sistema presidencialista. Na organização escolar percebe-se influência da filosofia positivista.
A reforma de Benjamin Constant tinha como príncipios orientadores a liberdade e laicidade do ensino, como também a gratuidade da escola primária. Uma das intenções desta reforma era transformar o ensino em formador de alunos para os curso a superiores e não apenas preparador; outra intenção era substituir a predominância literária pela científica.
Houve crítica sobre esta reforma: pelos positivistas, já que não respeitava os príncipios pedagógicos de Comte; pelos que defendiam a predominância literária, ocorreu foi o acrescimo de matérias científicas às tradicionais, tomando o ensino enciclopédico.
Segundo o Anuário Estatístico do Brasil, do instituto Nacional de Estatística, no ano de 1900, o percentual de analfabetos era de 75%.
A reforma Rivadário Correa, de 1911, pretendeu que o curso secundário se tornasse formador do cidadão e não como simples promotor a um nível seguinte. Retomando a orientação positivista, prega a liberdade de ensino e a abolição do diploma em troca de um certificado de assistência e aproveitamento e transfere os exames de admissão ao ensino superior para as faculdades. Os resultados desta Reforma foram desastrosos para a educação brasileira.
Num período complexo da História do Brasil, surge a Reforma João Luiz Alves que introduz a cadeira de moral, e cìvica com a intenção de tentar combater os protestos estudantis contra o governo do presidente Arthur Bernardes.
A década de vinte foi marcada por diversos fatos relevantes no processo político brasileiro. Foi nesta década que ocorreu o movimento dos 18 do Forte(1922), à semana de Arte Moderna(1922) e entre outros.
No que se refere à educação, foram realizadas diversas reformas de abrangência estadual, como a de Lourenço Filho, no Ceará, em 1923, a de Francisco Campos e Mario Casassanta, em Minas, em 1927 e várias outras.
O auge desta década propiciou a tomada do poder por Getulio Vargas, candidato derrotado nas eleições por Júlio Prestes, em 1930.
PERÍODO DA ESCOLA NOVA
O presente estuda analisa as aproximações existentes entre o ideário da Escola Nova, expresso no Manifesto dos Pioneiros de 1932 e as concepções de ensino da história na reforma educacional brasileira nos anos de 1990, tratando especialmente dos príncipios e métodos que fundamentam o documento da Área de História, nos parâmetros Curriculares Nacionais.
A História como disciplina escolas surge na França, no cenário das transformações revolucionárias do final do século XVIII, em meio à defesa da educação universal, pública, gratuíta, laica e obrigatória.
No Brasil, a constituição da história escolar ocorreu algumas décadas mais tarde, com a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – IHGB , em 1838. Sua missão era elaborar uma história nacional e difundi-la nas salas de aulas por meio do ensino de história.
No ínicio do período republicano cresce a importância atribuída ao ensino da história na difusão do sentimento nacional e na responsabilidade de formar os cidadãos da nação. Progressivamente , “a moral religiosa foi absorvida pelo civismo, orientando a idéia de que os conteúdos da História da Pátria não deveriam ficar restritos ao âmbito específico da sala de aula”. Práticas e rituais civícos, como festas, desfiles, eventos comemorativos e celebrações de culto ao símbolos da Pátria, foram desenvolvidos para envolver o conjunto da escola e estabelecer o ritmo do cotidiano escolar.
Ainda uma visão tradicional baseada no estudo do passado, com ênfase nos fatos políticos e feitos heroicos, uma concepção de professor-transmissor e de aluno-receptor, entre outros condicionamentos que há debate até hoje.
Em 1934, a terceira Constituição frisa a importância da educação como direito de todos, sendo obrigado da escola primária integral, gratuidade do ensino primário,assistência aos estudantes necessitados etc.
PERÍODO DO ESTADO NOVO( 1937-1945)
Refletindo tendência fascistas é outorgada uma nova Constituição em 10 de novembro de 1937. A orientação político-educacional para o mundo capitalista fica bem explícita em seu texto sugerindo a preparação de um maior contingente de mão-de-obra para as novas atividades abertas pelo mercado. Propõe que a arte, a ciência e o ensino sejam livres à iniciativa individual e àq associação ou pessoas coletivas públicas e particulares, tirando do Estado o dever da educação.
Em 1942, por iniciativa do Ministro Gustavo Capanema, são reformados alguns ramos do ensino. Estas reformas receberam o nome de Leis Orgânicas do Ensino, e são compostas pelas seguintes Decretos-lei , durante o estado novo:
- O decreto – lei 4.048, cria o serviço nacional de aprendizagem industrial – SENAI.
- O decreto 6.141, cria o serviço nacional de aprendizagem comercial – SENAC e entre outros.
PERÍODO DA SEGUNDA REPÚBLICA
Também conhecida como república Populista, que se estende desde a deposição de Getúlio, em 1945 até o golpe militar de 1964.
Surge a necessidade na área industrial, em que, aos poucos, se dava a substituição do modelo agrário-exportador pelo nacional-desenvolvimentista; no caso do Brasil, esse sistema industrial fez presente, com a atuação de Getúlio Vargas.
O governo eleitos pelo povo, esperança de progresso com mudanças econômicas. Houve desenvolvimento, com instalações de multinacionais, no governo de Juscelino Kubistschek.
O período populista continua liderando no poder de Jânio Quadros (1961), que renuncia ainda no início da mandato. Já no governo de João Goulart, herdeiro político de Vargas, o populismo já está desgastado.
Foi marcante a criação da lei de Diretrizes e Bases 4024/61, engloba todos os graus e modalidades do ensino, mas demorou treze anos para entrar em vigor.
Na década de 60, foi questionado sobre a educação popular, foi um momento de Paulo Freire, onde alcançou repercussão nacional e internacional.
PERÍODO DA DITADURA MILITAR ( 1964-1985)
Mudanças na educação brasileira, pensava-se em acabar com analfabetismo por meio de um programa nocional, levando-se em conta as diferenças sociais, econômicas e culturais de cada região.
A criação da universidade de Brasília, em 1961, permitiu vislumbrar uma nova proposta universitária, o fim do exame vestibular, para ingressar na universidade, o rendimento do aluno durante o 2 grau( ex- colegial).
Alguns educadores atuaram neste período e deixaram seus nomes na história da educação por suas realizações, como: Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Paulo Freire e outros.
Depois do golpe militar de 1964 muito educadores passaram a ser perseguidos em função de posicionamentos edeológicos. Muitos foram exilados, demitidos ou eram trocados de função.
O regime militar espelhou na educação o caráter de governo.; professores foram presos e demitidos, universidades foram invadidas; estudantes foram presos e alguns foram até mortos. O Decreto-Lei 477, calou a boca de alunos e professores, o Ministro da Justiça declarou que estudantes tem que estudar e não podem fazer baderna, esta era a prática do Regime.
Neste período deu-se a grande expansão das universidades no Brasil. E, para acabar com os excedentes, ou seja, aqueles que tiravam notas suficientes mas não conseguiam vagas para estudar, foi criado o vestibular classificatório.
Foi criado o Mobral com o objetivo de erradicar o analfabetismo, aproveitou-se a didática de Paulo Freire.
É no período mais cruel da ditadura militar, onde qualquer expressão popular contrária aos interesses do governo era abafada, até com violência física, que é instituída a Lei 4.024, em 1971, a característica mais marcante dessa lei era dar a formação profissionalizante.
Foi desfeita a ditadura militar por si mesmo. Os militares deixaram o governo através de uma eleição indireta, mesmo que concorressem somente dois civis: Paulo Maluf e Tancredo Neves.
PERÍODO DE DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO(1980-1990)
O governo militar termina em 1985, com a morte do presidente eleito Tancredo Neves, assume o vice, José Sarney. Em 1988 é feita uma nova constituição, que defende a educação como direito de todos e dever do Estado e da família. Os educadores e entidades ficaram mobilizados para oferecer propostas à nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
Na década de 809 foi considerado perdida em termos econômicos, mas positiva na política e cultura. Houve muitas manifestações político-social, citam-se: lutas pelas diretas-já em 1984.
Nessa mesma década, um grupo de filósofo e pedagogos questionam o quadro de desorganização da escola excludente, com alto índice de analfabetismo, evasão e repetência e dar ínicio a uma nova teoria: Pedagogia Histórico Crítica. Essa teoria considera que não há uma natureza humana dada de uma vez por todas, porque o homem se constrói pelo trabalho, inserido na cultura em que vive.
EDUCAÇÃO E GLOBALIZAÇÃO
A educação é tida como recurso de que se dispõe para enfrentar essa nova estruturação mundial. Dela depende a continuidade do atual processo de desenvolvimento econômico e social, conhecido como pôs-industrial.
Devido a globalização atingem o indivíduo de uma forma direta ou indireta, principalmente o indivíduo nos Estados emergentes, que enfrentam com desigualdades sociais cada vez maior.
O mecanismo que dar condições para formar indíviduos competitivos inicia-se com uma educação de base, por meio de um sistema se ensino comprometido em formar cidadão. O estado deve preocupar com a educação, assim formará cidadão consciente e qualificado para o trabalho no mundo do terceiro milênio.
Há necessidade de formar professores com um novo perfil, um sujeito crítico e transformador.
A educação Brasileira está permeada de desafios; é necessário formar professores na atual conjuntura significa uma revisão fundamentada em pesquisas sobre a realidade de cursos, habilitações, currículos e práticas pedagógicas, que culminem na formação do educador e do educando como um cidadão atuante.
CONCLUSÃO:
Foi essencial a execução desse trabalho, relembrar e aprender sobre a educação em cada período de nossa história.
Como muitos educadores deram sua contribuição para a nossa educação, entre eles, o Paulo Freire; para ele “ o homem e a mulher são os únicos seres capazes de aprender com alegria e esperança, na convicção de que a mudança é possível. Aprender é uma descoberta criadora, com cobertura ao risco e aventura do ser, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina”, como educadores temos que ter essa mentalidade.
Até em nossos dias, a educação se encontra incerta, é preciso criar, transformar, o ato de educar e mais uma vez, como diz Paulo Freire “a educação é preciso ser autêntica, com alma, sentimentos e emoções, desejos e sonhos”...
REFERÊNCIAS:
-Brasil.SEF.Parâmetros Curriculares Nacionais, MEC/SEF, 1998, p. 21;.
-Manifesto dos pioneiros da educação nova;
-Ghiraldelli Jr. Paulo, História da Educação, 2 edição, São Paul: cortez, 1994, p.54;
-Pirelli, Nelson. História da educação no Brasil, 6 , ed. São Paulo. Ática, 1996;
-Romanelli, Otaíza de Oliveira, História da educação no Brasil, 15 ed. , Petrópolis: vozes, 1993
15 de dezembro de 2010
Autor: Josilene Queiroz Santos
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/historia-da-educacao.html