Greve nos próximos dias

Greve nos próximos dias

Professores aprovam greve pelos próximos três dias no RS

Decisão foi tomada em assembleia da categoria nesta terça-feira (18).
À tarde, outras categorias do funcionalismo estadual avaliam paralisação.

ã desta terça-feira (18) no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, membros do Centro dos Professores do estado (Cpers-Sindicato) decidiram entrar em greve pelos próximos três dias. A paralisação vai de quarta (19) a sexta (21). Logo cedo, algumas escolas estaduais não abriram. Desde 3 de agosto, instituições já adotavam turno reduzido.

 
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O dia é de mobilização para diversos setores do funcionalismo público estadual. Os servidores, que já realizaram um dia de paralisação no dia 3 de agosto em todo o estado, são contrários às medidas do governo na tentativa de conter a crise financeira, entre elas o parcelamento dos salários do mês de julho. Há indefinição sobre o pagamento da folha de agosto.

"A pauta do Cpers todo mundo já sabe, que é o pagamento do nosso piso, é nomeação, é concurso público e a defesa do IPE [Instituto de Previdência do Estado]. Mas hoje o que unifica a todos é para que o governo retire os projetos que atacam os serviços públicos que estão na Assembleia", afirmou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.

Logo após a assembleia, professores deixaram o Gigantinho em caminhada até o centro da capital gaúcha. A marcha da categoria deixou o trânsito lento na região central. À tarde, haverá um encontro entre todas as entidades para aprovar ou não greve entre as categorias nos próximos dias. A assembleia geral unificada será realizada no Largo Glênio Peres, a partir das 14h.

Escolas fechadas
Por conta da mobilização dos professores, a maioria das escolas estaduais não teve aulas na manhã desta terça. Nos principais colégios públicos de Porto Alegre, como o Colégio Júlio de Castilhos, muitos cartazes dos professores nas paredes e grades e nada de alunos.

Também não teve aulas nas escolas de Bagé, na Campanha. De lá saíram cerca de 100 professores pra participar das assembleias na capital. Do Norte do estado saíram ainda mais: cerca de 600 professores embarcaram, de madrugada, em 15 ônibus. Mais da metade das escolas estaduais de Passo Fundo ficaram fechadas total ou parcialmente.

A maioria das escolas públicas de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, também não abriu. Na escola Ernesto Alves de Oliveira, três professores foram dar aulas. Mas apenas dois deles tiveram para quem ensinar, já que alunos de apenas uma turma apareceram.

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Segurança também afetada

Com a mobilização dos servidores, outros serviços já têm impacto para a população. Na área da segurança pública, policiais civis decidiram, em assembleia ainda na segunda (17), organizada pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Sinpol-RS), aprovar greve de três dias. A decisão, porém, será levada para debate .

Já o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm orienta a categoria para reduzir o atendimento. Viaturas, por exemplo, devem ser mantidas paradas no órgão a que pertencem.

Também não deverá haver cumprimento de mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, operações policiais, serviço cartorário, entrega de intimações, oitivas, remessa de inquéritos policiais ao Poder Judiciário e demais procedimentos.

As Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento (DPPAs) e plantões estão orientadas a atender somente os flagrantes e casos de maior gravidade como homicídio, estupro, ocorrências envolvendo crianças e adolescentes e lei Maria da Penha. A categoria se reunirá ao meio-dia em frente ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre, para depois juntar-se à assembleia geral unificada.


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