O Fórum Mundial para Educação foi encerrado sem muitos motivos para grandes comemorações. Foi baixo o volume de resultados positivos, ao que foi estabelecido no ano de 2000, ano da primeira efetivação deste fórum. O prazo de quinze anos dados não foi suficiente para que as exigências colocadas na época fossem atingidas.

Como não se vive no tempo passado, novas metas foram estabelecidas. Consequentemente novas promessas foram colocadas. A comemoração final, como sempre, foi devidamente documentada e apresentada em um documento recheado de boas intenções.

Sete novas metas foram estabelecidas. Espera-se que, para o próximo encontro, a ser efetivado em 2030 elas sejam atendidas (tempo muito extenso para que uma cobrança seja feita, com poucos puxões em orelhas já crescidas, por tantos puxões anteriores).

Se este documento apanhar pó nas prateleiras ou para servir como abanador nos dias quentes, de nada adiantará esta reunião, a ser registrada então, como mais um turismo pago pelas secretarias de educação pelo mundo todo.

Quem pode cobrar resultados senão os professores, senão os próprios alunos, senão a própria sociedade? Todos já cansados de tantas promessas esquecidas no desvão do tempo. Nada é feito para que sejam encaradas como dívidas dos dirigentes, que sempre escapam pela tangente.

A primeira meta estabelecida tem seu foco na educação primária e no ensino secundário. Neles começa a educação das pessoas e somente assim será possível evitar o elevado número de evasões em cursos técnicos, tecnológicos e bacharelados, como é possível observar em todos os cantos. Espera-se que os resultados sejam relevantes e eficazes, para que a apresentação dos resultados em 2030 seja positiva.

A segunda meta está posta na melhoria da preparação da primeira infância e que sejam estabelecidos de forma clara e inequívoca, para que as crianças cheguem às escolas em níveis mais adiantados com a preparação necessária.

A terceira meta leva seu olhar mais atento para o ensino técnico, para a preparação vocacional de pessoas para um mercado carente de técnicos e de pessoas que desenvolvem tarefas que não gostam e não representam a sua verdadeira vocação. Ela amplia seu olhar para o ensino superior, com orientação para utilização da tecnologia, como potente auxiliar.

A quarta meta busca orientar o jovem e adulto para desenvolvimento da capacidade individual para o empreendedorismo, sem que se insista em considerar que esta competência e habilidade somente ocorre de forma inata. É possível orientar as pessoas para o desenvolvimento de sua criatividade e inovação.

A quinta meta busca novamente a aceitação do multiculturalismo e, além disso, da eliminação dos atos contra grupos minoritários, procurando incutir nas pessoas sentimentos que favoreçam o tratamento equânime entre as pessoas, com foco de inclusao dos grupos vulneráveis.

A sexta meta busca a alfabetização funcional como forma de retirar esta chaga do meio social que torna dificultada diversas tarefas a serem desenvolvidas pelas organizações em um mercado onde solucionar problemas está posto como principal vantagem competitiva profissional.

A sétima meta coloca em marcha a orientação da vontade das pessoas em atender aos apelos para o desenvolvimento sustentável e que respeite o meio ambiente.

Se fosse possível incluir uma nova meta, que esta fosse a obrigatoriedade de que todas as metas sejam atendidas até 2030, por enquanto apenas uma recomendação e uma vontade.

http://br.blastingnews.com/mundo/2015/05/forum-mundial-da-educacao-na-coreia-do-sul-estabelece-metas-a-serem-cumpridas-ate-2030-00419173.html