Educação sucateada
Educação sucateada e mais de 3.000 mil exonerações do magistério gaúcho em 2016
quinta-feira 26 de janeiro
Conforme últimos dados da Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul o número de exonerações de professores e funcionários de escola ultrapassou a marca de 3.000 mil trabalhadores em educação. A estimativa é de que mais de 8.000 mil professores deixem as salas de aula no RS em 2017, devido à grande possibilidade do governo golpista de Michel Temer passar a reforma da previdência.
O descaso com a educação pública gaúcha não é de hoje, porém com a vitória de Sartori (PMDB) nas últimas eleições o quadro da dor do magistério gaúcho aprofundou-se drasticamente.
Uma grande parcela da categoria, antes mesmo dos duros ataques do governo Sartori, como parcelamento de salários, congelamento dos mesmos e parcelamento do 13º salário, para sustentar-se e também como muitos casos sustentar a família, já não possuía vínculos somente com o estado. A realidade do magistério gaúcho não é diferente da maioria do magistério nacional. Muitos professores e professoras trabalham em até 3 turnos diários, sem folga e uma grande parte procura outras formas de trabalhos informais ou possuem vínculos com escolas privadas para garantir o sustento. No caso das professoras e funcionárias, essa realidade é ainda pior, pois amargam na maioria dos casos com mais do que a tripla jornada de trabalho.
Os números de laudos por doenças anuais só aumentam no magistério gaúcho, devido à exaustiva rotina e precarização de trabalho gerando em muitos casos, doenças de movimentos ou ligadas a depressão. Muitos e muitas não aguentam e acabam, como vimos nos números, exonerando-se, abandonando a profissão para trabalhar em outras áreas que pagam maiores salários para que estes possam garantir o mínimo de sustento.
O magistério gaúcho é atualmente o que recebe o menor salário do país em relação ao piso nacional do magistério. Todavia, esses fatores colocados, contribuem diariamente para que muitos e muitas trabalhadoras do RS abandonem o magistério e que uma grande parte adoeça por conta das relações precarizadas de trabalho.
Essa é a realidade desenha pelos governos de direita, que tem como principal objetivo a precarização do ensino público para que assim possa privatiza-lo, não oferecendo mínimas condições para que todos os trabalhadores em educação possam exercer sua profissão.