Educação resolve problema

Educação resolve problema

Solução para a pobreza não está apenas no aumento da renda, mas no acesso a serviços e, sobretudo, à Educação, ressaltam os estudiosos da área

Fonte: Diário do Nordeste (CE) 25 de maio de 2015

A solução para a pobreza não está apenas no aumento da renda, mas no acesso a serviços e, sobretudo, à educação, ressaltam os estudiosos da área. Para o Pesquisador do Laboratório de Estudos da Pobreza da Universidade Federal do ceará (LEP/CAEN/UFC), Carlos Eduardo Marino, o problema está "razoavelmente identificado". De acordo com ele, "a pobreza não se restringe à renda, mas é acompanhada da indisponibilidade de serviços como escola, saúde, água e energia".

"A contribuição no longo prazo que a Prefeitura pode dar é a educação", acrescentou. O pesquisador afirma que quanto mais instruídos a forem os cidadãos, melhores serão as condições de vida. "Com a população educada com qualidade, não teremos mais pobreza", ressalta.

"Se não envolver o viés educacional, qualquer ação está fadada ao fracasso", defende. Marino acrescenta que o investimento nesta área deve ter metas explicitas, como a manutenção dos jovens na escola.

Apesar das dificuldades, o estudioso ressalta os avanços, como a diminuição da extrema pobreza nos últimos anos. "Esse primeiro desafio foi cumprido. Mas ainda existe um grande caminho", alerta.

No caso de Fortaleza, a má distribuição de renda ainda é um fator preponderante, com o agravante da divisão geográfica bem definida, "com uma cidade de primeiro mundo e outra em situação precária de serviços e atendimentos", aponta. "A Av. Dom Manuel e a BR-116 são os limites da Fortaleza do leste e do oeste", exemplificou.

Com relação aos programas sociais, Carlos Eduardo Marino reconhece a importância, mas reforça que é preciso ir além. "Eles servem para minimizar uma situação crítica", defende. Contudo, esta não pode ser uma solução a longo prazo. "A solução é fazer essas pessoas ingressarem no mercado de trabalho. Isso não é fácil, porque os adultos não tem instrução e a economia evolui exigindo mais conhecimento", disse.

Por isso, há iniciativas particulares que merecem destaque, como a do empresário Francisco Alves de Souza, conhecido como Senna, dono de um mercado no Conjunto Palmeiras. Além de empregar 30 funcionários, ele contrata estudantes de programas de capacitação. "Eu comecei com uma pequena bodega e tive oportunidade. Agora quero dar isso a outros", orgulha-se.

O titular da Setra, Cláudio Ricardo, afirma que a Prefeitura está atenta à situação. "Estamos estruturando em Fortaleza a Rede Municipal de Qualificação, envolvendo outras secretarias e parceiros externos", explicou o secretário.


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