Doações garantem merenda
Escola do RS recorre a doações para garantir merenda a alunos
Instituição estadual recebe R$ 0,30 por estudante para oferecer refeição.
Comunidade de Agudo decidiu doar alimentos para ajudar o colégio.
A Escola Estadual de Educação Básica Professor Willy Roos, localizada em Agudo, na Região Central do Rio Grande do Sul, está contando com a ajuda de pais e professores para poder oferecer a merenda aos 700 estudantes diariamente.
A instituição reclama que o valor de R$ 0,30 por aluno repassado pelo governo do estado é insuficiente para comprar os ingredientes que compõem o lanche. "Os preços aumentaram e o valor continua o mesmo", argumenta a diretora do colégio Lisandra Márcia Klein Müller.
Por um período, os alunos viram as opções diminuírem na hora do lanche. As refeições precisaram ser reduzidas. "O que a gente comprava até o ano passado agora a gente não compra nem a metade. E eles comem bem até porque tem alunos que moram no interior e saem às 6h da manhã", justifica a cozinheira Sandra Temt.
Alunos têm acesso à merenda por doações
de pais e professores(Foto: Reprodução/RBS TV)
Foi então que a escola decidiu criar uma campanha para arrecadar alimentos com a ajuda da comunidade de Agudo. Uma lista com os ingredientes mais necessários foi divulgada. A instituição recebeu produtos cultivados pelas próprias famílias dos estudantes que moram na zona rural. Os pais da aluna Tauany Weidauer são um exemplo. "Eu sinto que eu estou ajudando outras pessoas também, não só a mim como outras pessoas", comemora a menina.
O engajamento de familiares, professores e comunidade é o que está garantindo a oferta de uma merenda completa todos os dias. "Eles dão frutas, dão verduras, às vezes eles fazem galinhada, carreteiro, essas coisas assim", conta a estudante Ingrid Santos.
A assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Educação informou, por meio de nota, que o valor por aluno é repassado ao RS pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar e que a quantia é determinada pelo governo federal. Informou ainda que o governo do estado não complementa o repasse para escolas da educação básica, apenas para as de educação integral e escolas politécnicas.
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