Cpers decide manter ocupação

Cpers decide manter ocupação

Cpers decide manter ocupação no Centro Administrativo de Porto Alegre

Professores garantem que só deixam local se proposta concreta for oferecida pelo governo do estado

Professores garantem que só deixam local se proposta concreta for oferecida pelo governo do estado | Foto: Fabiano do Amaral

Professores garantem que só deixam local se proposta concreta for oferecida pelo governo do estado | Foto: Fabiano do Amaral

O Comando de Greve do Cpers Sindicato decidiu, na noite desta quarta-feira, que os cerca de 100 professores que mantêm desde segunda-feira a ocupação do térreo do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF) vão permanecer no local, mesmo com o risco de deferimento de uma liminar para reintegração de posse do complexo. A expectativa é de que a juíza Andréia Terre do Amaral, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, emita um posicionamento no início da madrugada para que a Brigada Militar seja acionada no início da manhã desta quinta-feira. De acordo com o Cpers, um efetivo do Batalhão de Operações Especiais (BOE) chegou ao local e a água foi cortada no prédio ocupado.

Mais cedo, terminou sem acordo a audiência de conciliação entre os grevistas e o secretário da Educação, Luiz Alcoba de Freitas, no Fórum Central. O Cpers insistiu que os professores que permanecem no CAFF só vão deixar o local se alguma proposta concreta for oferecida a fim de contemplar a pauta da categoria. Já o governo admite negociar, desde que o prédio seja liberado. A greve do magistério completou 30 dias. 

A possibilidade de revogação de uma portaria que corta o benefício de difícil acesso a 87% do quadro do magistério chegou a ser discutida, mas não houve consenso. O governo, em princípio, não pretende ceder nesse item. Sem acordo entre as partes, a juíza deve agora decidir sobre o pedido de reintegração de posse do CAFF, rejeitado de forma preliminar, na mesma decisão que determinou a realização da audiência desta quarta.

Segundo a presidente do Cpers Sindicato, Helenir Schürer, os docentes já informaram que não vão desistir das três pautas sem impacto financeiro aos cofres públicos: a manutenção de auxílio aos professores que dão aula em locais de difícil acesso, a retomada da remuneração por atividade extraclasse e a extinção do PL44, criticado em função da possibilidade de ampliar a interferência de empresas privadas e serviços terceirizados na educação pública.

No início da noite, manifestantes contrários à permanência de Michel Temer (PMDB) na Presidência da República bloquearam, por cerca de uma hora, os dois sentidos da avenida Borges de Medeiros, em frente ao Centro Administrativo. O grupo, que saiu da Esquina Democrática, prestou solidariedade aos professores grevistas e só liberou a via perto das 20h30min. Um ato feminista contra Temer e em apoio ao magistério, com o emprego de uma fogueira improvisada, ocorreu em frente à Secretaria da Educação.

http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/Ensino%20/2016/6/589959/Cpers-decide-manter-ocupacao-no-Centro-Administrativo-de-Porto-Alegre 




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