Choro e repressão estatal
Um choro Materno e uma repressão estatal.
Este é um rosto amargurado por saber e ver seu filho dentro de um carro de polícia. Essa mulher, que bravamente estava com seu filho na manifestação ocorrida na Sans Pena, Tijuca. O jovem, ou melhor, adolescente e estudante que estava entre os manifestantes, foi brutalmente perseguido e reprimido, além de preso por suposto desacato a autoridade. A mãe estava desesperada e nós comovidos com aquele rosto que demonstrava um sinal de cansaço e visivelmente passando mal com aquela situação.
Era uma caminhada contra os descasos numa cidade marcada pelas remoções de diversas famílias como as da Vila Autódromo para sediar Os Jogos Olímpicos 2016. Formou-se uma luta desproporcional entre policiais militares, visivelmente preparados para reprimir os manifestantes e criminalizar a pobreza. Bombas de efeito moral e gas de pimenta na população manifestante.
No final, uma mistura de racismo com criminalização da pobreza. Um guardador de carros no entorno da Praça Afonso Pena. Logo o cuidador, negro, descalço e sem documento, foi fortemente reprimido pela polícia e preso por desacato. Levado para delegacia sabe lá onde, possivelmente pode ser mais um Rafael Braga, o único preso político das manifestações de 2013.
A polícia deu o recado com sua repressão e os manifestantes revidaram com luta e gritos de não vai ter tocha; A população vem dando sinal de desaprovação de um evento que só trouxe prejuízo para nossa população. Mas, a luta só apenas começou e os movimentos sociais vem dando resposta de que é possível lutar por um país melhor e sem desigualdades.