Chamar professores temporários
Secretaria da Educação deve chamar pelo menos 900 professores temporários no começo das aulas
26 de fevereiro de 2016
A Secretaria Estadual da Educação está providenciando a contratação de pelo menos 900 professores em caráter emergencial para atender as escolas da rede estadual no começo do ano letivo. De acordo com a diretora de Recursos Humanos da secretaria, Carmen Figueiró, as vagas são na sua maioria para as áreas das exatas e língua estrangeira, que não têm banco de professores aprovados em concurso.
Além disso, o secretário Vieira da Cunha também encaminhou pedido ao governador para a nomeação de cerca de 500 professores que foram aprovados no último concurso do magistério, de 2014.
Secretaria da Educação abre cadastro para contratos emergenciais
Segundo a diretora de Recursos Humanos, cerca de 3 mil professores ainda aguardam nomeação na rede estadual. Mas a sua maioria é para as séries iniciais, etapa em que são necessários apenas cerca de 300 profissionais.
Ao contrário do que foi informado inicialmente pela secretaria, a contratação emergencial também precisa do aval do governador. A previsão é que isso ocorra nos próximos dias para evitar falta de professores em sala de aula.
“Acredito que com cerca de 900 contratos ao longo do início do ano letivo, não somente nesses primeiros dias, nós consigamos resolver todas as faltas pontuais que possamos ter”, diz a diretora.
Os profissionais já preencheram cadastro nas coordenadorias regionais e podem começar a trabalhar antes da posse. Depois receberão retroativo aos dias trabalhados.
Em relação às nomeações, a diretora diz que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) está avaliando a questão jurídica do chamamento de mais profissionais, já que o Rio Grande do Sul ultrapassou o limite de pessoal definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ela também cita a crise nas finanças estaduais.
“Esses professores que serão nomeados não sabemos quando isso vai ocorrer ainda. Mas os contratos é uma coisa mais ágil”.
Em 2015, 6.259 professores deixaram a rede estadual, entre aposentadorias, exonerações e óbitos. O número parece alto, mas foi inferior ao registrado em 2014, quando foram 7.611 afastamentos, segundo dados da secretaria.
De acordo com Carmen Figueiró, as reposições no quadro são feitas ao longo do ano. Além do chamamento de quase 1,5 mil profissionais, a secretaria trabalha com redução de turmas (evitando classes muito pequenas numa mesma escola) e com a realocação de professores que eram cedidos para outros órgãos. Mesmo assim ela diz que podem ocorrer casos pontuais de falta de docentes, principalmente porque muitos professores deixam para pedir o afastamento em março.
A rede estadual encerrou 2015 com 57.731 professores efetivos e 20.258 contratos temporários.