Cantigas Folclóricas
45 Cantigas Folclóricas
“O estudo da música folclórica brasileira envolve cantos, festejos, danças, jogos, religiosidade e brincadeiras diversas. Características da música folclórica: É anônima, espontânea, durável, persistente e, antiga ou tradicional, é uma herança cultural. É funcional, ou seja, atende a uma necessidade psicológica. É transmitida por via oral, sem muitas técnicas, de forma direta, às vezes com variantes. É tecnicamente simples, com melodias e letras de pequena extensão, portanto de fácil assimilação. Antônio Henrique Weitzel, divide a música folclórica em acalantos, cancioneiro Infantil, cantigas de roda, toadas de escolha, toadas de ensino, brincadeiras cantadas, romance, abecês, quadras e desafios. Além dessas, podemos encontrar ainda, os aboios, pregões, emboladas, toadas sertanejas e a moda de viola, sendo as três últimas conhecidas por cantorias.” Os escravos de Jó Eu entrei na roda Ai, eu entrei na roda Sete e sete são quatorze, com mais sete, vinte e um Namorei um garotinho do colégio militar Todo mundo se admira da macaca fazer renda Fui ao Tororó Fui no Tororó beber água não achei Oh! Dona Maria, Marcha soldado Marcha Soldado O quartel pegou fogo Oi, marinheiro, marinheiro, Meu limão, meu limoeiro Meu limão, meu limoeiro, Peixe vivo Como pode o peixe vivo Como poderei viver, Os pastores desta aldeia Pai Francisco (O Pai Francisco fica fora da Pai Francisco entrou na roda (Pai Francisco se aproxima da Como ele vem (A brincadeira recomeça.) A barata diz que tem A barata diz que tem sete saias de filó A Barata diz que tem um sapato de veludo A Barata diz que tem uma cama de marfim A canoa virou A canoa virou Siriri pra cá, Se eu fosse um peixinho Alecrim Alecrim, alecrim dourado Oi, meu amor, Alecrim, alecrim aos molhos, Alecrim do meu coração Atirei o pau no gato Atirei o pau no gato tô tô A gatinha parda A minha gatinha parda, que em Janeiro me fugiu Eu não vi sua gatinha, mas ouvi o seu miau A rosa amarela Olha a Rosa amarela, Rosa Iá-iá meu lenço, ô Iá-iá Se esta rua fosse minha Se esta rua, Com pedrinhas, Nesta rua, nesta rua tem um bosque Se eu roubei, se eu roubei teu coração, Balaio Eu queria se balaio, balaio eu queria ser Balaio meu bem, balaio sinhá Eu mandei fazer balaio, pra guardar meu algodão Balaio meu bem, balaio sinhá Boi Barroso Eu mandei fazer um laço do couro do jacaré Meu Boi Barroso, meu Boi Pitanga Meu bonito Boi Barroso,que eu já dava por perdido Boi da cara preta Boi, boi, boi Não , não , não Cachorrinho Cachorrinho está latindo lá no fundo do quintal Ó Crioula lá! Ó Crioula lá, lá! Atirei um cravo n’água de pesado foi ao fundo Cai cai balão Cai cai balão, cai cai balão Cai cai balão, cai cai balão Capelinha de melão Capelinha de Melão é de São João Ciranda, cirandinha Ciranda, cirandinha, O anel que tu me deste A barraquinha Vem, vem, vem sinhazinha Mineira de Minas Sou mineira de Minas, Rebola bola você diz que dá que dá Sou carioca da gema, Rebola bola você diz que dá que dá Na Bahia tem Na Bahia tem, tem tem tem Na beira da praia Na beira da praia Água tanto deu na pedra, Na loja do mestre André Foi na loja do Mestre André Foi na loja do Mestre André Que eu comprei um violão, Foi na loja do Mestre André Ai olé, ai olé! Foi na loja do Mestre André O cravo brigou com a rosa O cravo brigou com a rosa O cravo ficou doente Meu boi morreu O meu boi morreu O meu boi morreu O meu galinho Há três noites que eu não durmo, ola lá! Ele é branco e amarelo, ola lá! Já rodei em Mato Grosso, ola lá! O pobre cego Minha Mãe acorde, de tanto dormir Quem me ensinou a nadar Pezinho Ai bota aqui Pirulito que bate bate Pirulito que bate bate Pirulito que bate bate Que é de Valentim Que é de Valentim ? Valentim Trás Trás Roda pião O Pião entrou na roda, ó pião! Samba Lelê Samba Lelê está doente Samba, samba, Samba ô Lelê Põe o lencinho no bolso São João da Rão São João Da Ra Rão Todos os anja-ra-ran-jos Maria tu vais ao baile, tu “leva” o xale Maria tu vais “casares”, eu vou te “dares” Sapo Jururu na beira do rio Teresinha de Jesus Teresinha de Jesus deu uma queda O primeiro foi seu pai Teresinha levantou-se Dá laranja quero um gomo Tutu Marambá Tutu Marambá não venhas mais cá Durma neném, que a Cuca logo vem Tutu Marambá não venhas mais cá Vai abóbora vai melão de melão vai melancia Vamos maninha Vamos Maninha vamos, Nossa Senhora esta dentro, O barquinho já vai longe Você gosta de mim? Você gosta de mim, ó menina? Se ele disser que sim, ó menina,Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, põe,
Deixa o zabelê ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem ziguezigue zá
Guerreiros com guerreiros
Fazem ziguezigue zá.
Ai, eu não sei como se dança
Ai, eu entrei na “rodadança”
Ai, eu não sei dançar
Tenho sete namorados só posso casar com um
O diabo do garoto, só queria me beijar
Eu já vi uma perua ser caixeira de uma venda.
Achei linda Morena
Que no Tororó deixei
Aproveita minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada
Oh! Mariazinha, entra nesta roda
Ou ficarás sozinha!
Cabeça de Papel
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel
A polícia deu sinal
Acorda acorda acorda
A bandeira nacional .
Marinheiro só
Marinheiro só
Quem te ensinou a navegar?
Marinheiro só
Foi o balanço do navio,
Marinheiro só
Foi o balanço do mar
Marinheiro só.
Meu pé de jacarandá,
Uma vez, tindolelê,
Outra vez, tindolalá.
Viver fora d’água fria?
Como pode o peixe vivo
Viver fora d’água fria?
Como poderei viver,
Sem a tua, sem a tua,
Sem a tua companhia?
Já me fazem zombaria
Os pastores desta aldeia
Já me fazem zombaria
Por me ver assim chorando
Sem a tua, sem a tua companhia.
roda enquanto todos cantam:)
Tocando seu violão!
Da…ra…rão! Dão!
Vem de lá seu delegado
E Pai Francisco foi pra prisão.
roda, requebrando, e escolhe
um companheiro para substituí-lo.)
Todo requebrado
Parece um boneco
Desengonçado.
É mentira da barata, ela tem é uma só
Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só
É mentira da barata, o pé dela é peludo
Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo!
É mentira da barata, ela tem é de capim
Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim.
Por deixá-la virar,
Foi por causa da Maria
Que não soube remar
Siriri pra lá,
Maria é velha
E quer casar
E soubesse nadar,
Eu tirava a Maria
Lá do fundo do mar.
Que nasceu no campo
Sem ser semeado
Quem te disse assim,
Que a flor do campo
É o alecrim?
Por causa de ti
Choram os meus olhos
Que nasceu no campo
Com esta canção.
Mas o gato tô tô
Não morreu reu reu
Dona Chica cá
Admirou-se se
Do berro, do berro que o gato deu
Miau!!!!!!
Onde está minha gatinha,
Você sabe, você sabe, você viu ?
Quem roubou sua gatinha
Foi a bruxa, foi a bruxa pica-pau.
Tão Formosa, tão bela, Rosa
Olha a Rosa amarela, Rosa
Tão Formosa, tão bela, Rosa
Para me enxugar, ô Iá-iá
Esta despedida, ô Iá-iá
Já me fez chorar, ô Iá-iá…
Se esta rua fosse minha,
Eu mandava,
Eu mandava ladrilhar,
Com pedrinhas de diamantes,
Só pra ver, só pra ver
Meu bem passar
Que se chama, que se chama solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Tu roubaste, tu roubaste o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração,
É porque, é porque te quero bem
Pra ficar dependurado, na cintura de “ocê”
Balaio do coração
Moça que não tem balaio, sinhá
Bota a costura no chão
Balaio saiu pequeno, não quero balaio não
Balaio do coração.
Pra laçar o boi barroso, num cavalo pangaré
O teu lugar, ai, é lá na cana
Adeus menina, eu vou me embora
Não sou daqui,ai, sou lá de fora
Deixando rastro na areia logo foi reconhecido.
Boi da cara preta
Pega esta criança que tem medo de careta
Não pega ele não
Ele é bonitinho, ele chora coitadinho.
Cala a boca, Cachorrinho, deixa o meu benzinho entrar
Ó Crioula lá! Não sou eu quem caio lá!
Os peixinhos responderam, viva D Pedro Segundo.
Na rua do sabão
Não Cai não, não cai não, não cai não
Cai aqui na minha mão!
Aqui na minha mão
Não vou lá, não vou lá, não vou lá
Tenho medo de apanhar!
É de Cravo é de Rosa é de Manjericão
São João está dormindo
Não acorda não!
Acordai, acordai, acordai, João!
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar
Era vidro e se quebrou,
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou.
Vem, vem, vem Sinhazinha
Vem, vem para provar
Vem, vem, vem Sinhazinha
Na barraquinha comprar
Pé de moleque queimado
Cana, aipim, batatinha
Ó quanta coisa gostosa
Para você Sinhazinha.
Mineira de Minas Gerais
Você diz que dá na bola, na bola você não dá!
Carioca da gema do ovo
Você diz que dá na bola, na bola você não dá!
Coco de vintém, ô Ia-iá
Na Bahia tem!
Na beira da praia
Eu vou, eu quero ver
Na beira da praia,
Só me caso com você
Você diz que não, que não,
Você mesmo há de ser
Que até fez amolecer,
Na beira da praia.
Que eu comprei um pianinho,
Plim, plim, plim, um pianinho
Ai olé, ai olé!
Foi na loja do Mestre André!
Dão,dão,dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho
Ai olé, ai olé!
Foi na loja do Mestre André!
Que eu comprei uma flautinha,
Flá, flá, flá, uma flautinha
Dão,dão,dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho
Foi na loja do Mestre André!
Que eu comprei um tamborzinho,
Dum, dum, dum, um tamborzinho
Flá, flá, flá, uma flautinha
Dão, dão, dão, um violão
Plim, plim, plim, um pianinho
Ai olé, ai olé!
Foi na loja do Mestre André!
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa, despedaçada
A rosa foi visitar
O cravo teve um desmaio,
A rosa pôs-se a chorar.
O que será de mim
Mande buscar outro, oh Morena
Lá no Piauí
O que será da vaca
Pinga com limão, oh Morena
Cura urucubaca.
Pois perdi o meu galinho, ola lá!
Coitadinho, ola lá! Pobrezinho, ola lá!
Eu perdi lá no jardim
Tem a crista vermelhinha, ola lá!
Bate as asas, ola lá! Abre o bico, ola lá!
Ele faz qui-ri-qui-qui
Amazonas e Pará, ola lá!
Encontrei, ola lá!Meu galinho, ola lá!
No sertão do Ceará!
Venha ver o cego, Vida Minha, cantar e pedir
Se ele canta e pede, de-lhe pão e vinho
Mande o pobre cego, Vida Minha, seguir seu caminho
Não quero teu pão, nem também teu vinho
Quero só que a minha vida, Vida Minha, me ensine o caminho
Anda mais Aninha, mais um bocadinho,
Eu sou pobre cego, Vida Minha, não vejo o caminho.
Peixinho do mar
Quem me ensinou a nadar
Foi, foi, marinheiro
Foi os peixinhos do mar.
Ai bota aqui o seu pezinho
Seu pezinho bem juntinho com o meu
E depois não vá dizer
Que você se arrependeu!
Pirulito que já bateu
Quem gosta de mim é ela
Quem gosta dela sou eu
Pirulito que já bateu
A menina que eu gostava
Não gostava como eu.
Que é de Valentim ? É um bom rapaz
Que é de Valentim ? Valentim sou eu!
Deixa a moreninha, que esse par é meu!
Roda pião, bambeia pião!
Sapateia no terreiro, ó pião!
Mostra a tua figura, ó pião!
Faça uma cortesia, ó pião!
Atira a tua fieira, ó pião!
Entrega o chapéu ao outro, ó pião!
Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
De umas dezoito lambadas
Pisa na barra da saia ô Lalá
Ó Morena bonita,
Como é que se namora ?
Deixa a pontinha de fora.
Tem uma gaita-ra-rai-ta
Que quando toca-ra-roca
Bate nela
Tocam gaita-ra-rai-ta
Tocam gaita-ra-rai-ta
Aqui na terra
Que vai chover
E depois de madrugada, toda molhada
Tu vais morrer
Eu vou te “dares” os parabéns
Vou te “dartes” uma prenda
Saia de renda e dois vinténs.
Sapo Jururu
Quando o sapo grita, ó Maninha, diz que está com frio
A mulher do sapo, é quem está la dentro
Fazendo rendinha, ó Maninha, pro seu casamento.
Foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos de chapéu na mão
O segundo seu irmão
O terceiro foi aquele
Que a Teresa deu a mão
Levantou-se lá do chão
E sorrindo disse ao noivo
Eu te dou meu coração
Do limão quero um pedaço
Da morena mais bonita
Quero um beijo e um abraço.
Que o pai do menino te manda matar
Papai está na roça e Mamãezinha em Belém
Que o pai do menino te manda matar.
Vai abóbora
Vai jambo sinhá, vai jambo sinhá, vai doce, vai cocadinha
Quem quiser aprender a dançar, vai na casa do Juquinha
Ele pula, ele dança, ele faz requebradinha .
Lá na praia passear
Vamos ver a barca nova que do céu caiu do mar
Os anjinhos a remar
Rema rema remador, que este barco é do Senhor
E os anjinhos a remar
Rema rema remador, que este barco é do Senhor (bis).
Eu também de você, ó menina
Vou pedir a seu pai, ó menina,
Para casar com você, ó menina
Tratarei dos papéis, ó menina,
Se ele disser que não, ó menina,
Morrerei de paixão.