Cada vez mais pobres

Cada vez mais pobres

Brasileiros cada vez mais pobres

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O Brasil se des­taca como um dos países mais in­justos do mundo. Os dados são do go­verno Temer, di­vul­gados a 11 de abril deste ano, pela Pes­quisa Na­ci­onal por Amostra de Do­mi­cí­lios Con­tínua, feita pelo IBGE.
       
Nossa po­pu­lação atual é de 213 mi­lhões de ha­bi­tantes. Apenas 1% da po­pu­lação, 2.130 pes­soas, re­cebe 36,1 vezes mais do que ganha a me­tade mais pobre da po­pu­lação. O ren­di­mento médio mensal dessa me­tade mais pobre era de R$ 754 em 2017, en­quanto a média re­ce­bida pelos mais ricos, de R$ 27.213.
       
Se todas as pes­soas que têm algum tipo de renda no Brasil re­ce­bessem o mesmo valor mensal, este seria de R$ 2.112. Não é o que acon­tece. Me­tade dos tra­ba­lha­dores com me­nores ren­di­mentos ganha, em média mensal, R$ 754, en­quanto o 1% com os mai­ores ren­di­mentos re­cebe, em média, R$ 27.213, ou seja, 36,1 vezes mais.
       
Em 2017, 5% dos tra­ba­lha­dores ti­nham ren­di­mento médio mensal de apenas R$ 47. Houve uma queda de 38% em re­lação a 2016, quando a renda média mensal desses 5% era de R$ 76.
       
Houve também queda no per­cen­tual de do­mi­cí­lios be­ne­fi­ci­ados pelo Bolsa Fa­mília. Passou da fatia de 14,3% em 2016 para 13,7% em 2017. Temer corta sem dó nem pi­e­dade.
       
Em 2017, 60,2% da po­pu­lação bra­si­leira (124,6 mi­lhões de pes­soas) ti­nham algum tipo de renda, sendo 41,9% (86,8 mi­lhões de in­di­ví­duos) pro­ve­ni­entes do tra­balho, e 24,1% (50 mi­lhões) ori­gi­ná­rios de ou­tras fontes.
       
Entre ren­di­mentos de ou­tras fontes, o mais fre­quente era apo­sen­ta­doria ou pensão, re­ce­bido por 14,1% da po­pu­lação, se­guido por pensão ali­men­tícia, do­ação ou me­sada (2,4%); alu­guel e ar­ren­da­mento (1,9%); e ou­tros ren­di­mentos (7,5%), ca­te­goria que in­clui se­guro-de­sem­prego, pro­gramas de trans­fe­rência de renda (como Bolsa Fa­mília) e pou­pança, entre ou­tros.
       
Em 2017, do total de 207,1 mi­lhões de pes­soas re­si­dentes no Brasil, 124,6 mi­lhões (60,2%) pos­suíam algum tipo de renda, seja pro­ve­ni­ente de tra­balho (41,9% das pes­soas) ou de ou­tras fontes (24,1% das pes­soas), como apo­sen­ta­doria, alu­guel e pro­gramas de trans­fe­rência de renda.
       
Outra ma­neira de cons­tatar a dis­tri­buição de renda no Brasil é através da renda do­mi­ci­liar per ca­pita (por pessoa), cal­cu­lada da se­guinte forma: somam-se todos os ren­di­mentos de um do­mi­cílio e di­vide-se pelo nú­mero de mo­ra­dores.
       
Em 2017, a renda média do­mi­ci­liar per ca­pita foi de R$ 1.271. Da massa de R$ 263,1 bi­lhões ge­rados, os 20% da po­pu­lação com os mai­ores ren­di­mentos fi­caram com uma par­cela su­pe­rior à dos 80% com os me­nores ren­di­mentos.
       
Em 2017, os 10% mais po­bres da po­pu­lação de­ti­nham apenas 0,7% de toda a massa de renda do País. Já os 10% com mais ricos con­cen­travam 43,3% de toda a ri­queza, mon­tante su­pe­rior à massa de­tida por 80% da po­pu­lação com renda mais baixa.
       
Com­bater a de­si­gual­dade so­cial é o prin­cipal de­safio de um Brasil bem ad­mi­nis­trado.

 

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