BNCC do ensino médio
Base curricular do ensino médio será debatida em audiências públicas
12/04/2018 Brasília
Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil
O Conselho Nacional de Educação (CNE) vai realizar audiências públicas nas cinco regiões do país para debater a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio. O documento vai orientar os currículos dessa etapa e estabelecer as habilidades e competências que devem ser desenvolvidas pelos alunos ao longo do ensino médio em cada área de conhecimento.
A primeira reunião será realizada em Florianópolis, no dia 11 de maio. Em seguida, haverá audiências em São Paulo (8/6), Fortaleza (6/7), Belém (10/8) e Brasília (29/8).
A BNCC foi entregue na semana passada pelo Ministério da Educação ao CNE. O conselho deverá analisar e aprovar a BNCC antes de o documento começar a valer.
No fim do ano passado, o CNE aprovou a base curricular para as outras duas etapas do ensino básico: a educação infantil e o ensino fundamental. Também foram realizadas cinco audiências públicas, além do recebimento de sugestões pela internet.
O ministro da Educação, Rossieli Soares, espera que a BNCC do ensino médio seja homologada até o fim deste ano, para que o processo de implementação possa ser iniciado em 2019.
Áreas de Conhecimento
O texto entregue pelo MEC organiza a BNCC do ensino médio por áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Apenas as disciplinas de língua portuguesa e matemática aparecem como componentes curriculares, ou seja, disciplinas obrigatórias para os três anos do ensino médio.
Os alunos deverão cobrir toda a BNCC em, no máximo, 1,8 mil horas-aula. As 1,2 mil horas restantes devem ser dedicadas ao aprofundamento no itinerário formativo de escolha do estudante. Esses itinerários serão desenvolvidos pelos estados e pelas escolas, e o MEC vai disponibilizar nos próximos meses um guia de orientação para apoiar a elaboração desses documentos.
As escolas poderão oferecer itinerários formativos em cada uma das áreas do conhecimento ou combinando diferentes áreas. Outra opção é a oferta de itinerários formativos focados em algum aspecto específico de uma área. Os alunos poderão também optar por uma formação técnico-profissionalizante, que poderá ser cursada dentro da carga horária regular do ensino médio.
Última versão da Base Curricular do ensino médio vai ter primeira audiência pública em maio; veja cronograma
Audiências serão realizadas entre maio e agosto nas cinco regiões brasileiras para debater o documento entregue pelo MEC ao Conselho Nacional de Educação na semana passada.
Por G1
Conselho Nacional de Educação (CNE) definiu, nesta terça-feira (10), as datas das cinco audiências públicas sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio. A terceira e última versão do documento foi entregue aos conselheiros pelo Ministério da Educação na semana passada.
A primeira audiência será realizada em 11 de maio em Florianópolis. As audiências acontecerão nas cinco regiões brasileiras.
Veja abaixo o cronograma de audiências sobre a BNCC do ensino médio:
- 11/05 - Florianópolis
- 08/06 - São Paulo
- 06/07 - Fortaleza
- 10/08 - Belém
- 29/08 - Brasília
Sem prazo
Ainda não existe um prazo específico para que a BNCC seja aprovada. Primeiro, os conselheiros ouvirão a população nas audiências e, avaliarão o documento na comissão destinada a isso. Por fim, a resolução da BNCC será levada à discussão de todos os conselheiros no pleno do CNE, onde então deverá ser votada. Caso seja aprovada, a resolução será encaminhada ao MEC para a homologação.
A BNCC referente à educação infantil e ao ensino fundamental, que foi entregue ao CNE em abril de 2017, só foi aprovada oito meses depois, em dezembro. Agora, um comitê especial do MEC orienta a implementação da nova Base Curricular do ensino infantil e fundamental nas escolas até 2020.
Veja as principais questões sobre a medida e o que já se sabe sobre seus impactos.
Repercussão
Especialistas ouvidos pelo G1 afirmam que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino médio elaborada pelo governo federal pode ampliar a desigualdade nos estados. Para o Ministério da Educação (MEC), a proposta aumenta a possibilidade de escolhas dos alunos e dá um padrão nacional aos currículos.
De acordo com os especialistas, a principal questão é que, ao contrário da BNCC para o ensino fundamental, o texto final com as diretrizes para o ensino médio não apresenta em detalhes as habilidades que devem ser ensinadas nos itinerários formativos propostos. Na avaliação deles, a ausência de dados específicos pode fazer que estados acabem adotando caminhos diferentes nos currículos, o que pode aumentar a diferença entre as escolas pelo país.