Base do ensino médio
Base do ensino médio deve ficar pronta até o fim deste ano, diz MEC
Apu Gomes - 19.ago.11/Folhapress | ||
Alunos em sala de aula de colégio estadual na zona leste de São Paulo |
Após a aprovação do novo modelo para o ensino médio, o Ministério da Educação pretende finalizar a proposta de uma base nacional curricular para esta etapa até o fim deste ano, segundo a secretária-executiva da pasta, Maria Helena Guimarães de Castro.
O documento deve servir como referência para os currículos a serem aplicados nas escolas públicas e particulares de todo o país.
"Estamos começando as primeiras conversas e definições da base do ensino médio, que deve ser encaminhada ao Conselho Nacional de Educação até o segundo semestre deste ano", afirmou.
Até então, o governo falava em ter a base curricular desta etapa pronta em 2018.
Com a aprovação da lei que prevê a reforma do ensino médio, a previsão é que os conteúdos da base ocupem, ao menos, 1.800 horas da formação, ou cerca de 60% da carga horária total.
No período restante, o aluno poderá escolher entre cinco áreas para aprofundamento: ciência humanas, ciências da natureza, matemática, linguagens e educação profissional.
A expectativa é que a base traga de volta, entre as áreas de ensino, conteúdos de disciplinas que deixaram de ser obrigatórias com a reforma do ensino médio, como filosofia e sociologia -a reforma prevê que esses conteúdos apareçam não necessariamente como disciplinas, mas como "estudos e práticas".
NOVA BASE
Nesta quinta-feira, o governo entregou ao CNE a versão final da proposta de base nacional curricular para a educação infantil e ensino fundamental. Se aprovada, a medida passa a valer em até dois anos após a homologação pelo ministro -a expectativa é que isso ocorra já em 2019.
"O parâmetro ideal seria aprovar neste ano, preparar as escolas para a base, começar a formação de professores e em 2019 começa a aplicação da base. Mas ideal é ideal", diz.
Ainda segundo a secretária, o governo prepara um modelo de formação continuada para preparar os professores para aplicarem a nova base. Avaliações, como o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e Enem, também devem ter mudanças a partir do documento. Materiais didático-pedagógicos também devem ser revistos.