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Audiência Pública destaca perseguição de Sartori aos educadores contratados
11 de dezembro de 2017
Nesta segunda-feira (11), educadores e educadoras dos Núcleos do CPERS participaram da Audiência Pública “Educadores Contratados – A precarização do trabalho no Magistério Público Estadual do RS”, realizada no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa. O encontro foi proposto pela deputada estadual Juliana Brizola.
Durante a audiência foi lançada a Frente Parlamentar em Defesa dos Educadores Gaúchos. “Através dessa frente queremos que aconteça a resistência para que não deixemos que nenhum contratado seja demitido”, destacou o professor Fabio Pereira.
Atualmente, no Rio Grande do Sul, 40% dos educadores são contratados. O governo Sartori vem os ameaçando com demissões e perseguições aos que aderiram à greve da categoria.
A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, ressaltou que os professores e os funcionários de escola contratados vivem quase que um regime de escravidão, pois fazem o mesmo trabalho que os nomeados, mas não possuem os mesmos direitos. “Temos uma liminar que proíbe a demissão dos contratados, mas recebemos notícias de que o governo está trabalhando para demiti-los. Temos que juntos lutar para que os contratados também tenham os direitos que os nomeados possuem”, declarou.
A juíza do trabalho, Valdete Souto Severo, ressaltou que na verdade a luta tem que ser para que os educadores contratados sejam nomeados, observando ainda a importância de contratados e nomeados têm que estar do mesmo lado.
Valdete classificou os parcelamentos de salários que Sartori vem fazendo como um ato criminoso. “Se não tem dinheiro para pagar, se não tem competência para ser governador, pede para sair”, afirmou.
Para o 2º vice-presidente do Conselho Estadual de Educação, José Amaro Hilgert, a crise na educação, na verdade, é um projeto do governo que já vem sendo implantado há anos.
A vice-presidente do CPERS, Solange Carvalho, destacou alguns ataques do governo federal como terceirizações, reforma trabalhista e da previdência e afirmou que a união dos trabalhadores é a saída. “Nós temos uma grande luta pela frente, a terceirização que irá atacar a educação pública. A única saída que vemos é a união. Nós, servidores, temos que contar com nós mesmos para a luta”, concluiu.
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