Audiência BNCC suspensa
APEOESP impede audiência sobre o BNCC do Ensino Médio
Secretaria de Comunicação
Os professores e as professoras de São Paulo, por meio da APEOESP, mais uma vez mostraram sua força nesta sexta-feira, 8 de junho, no Memorial da América Latina. Presentes de forma massiva, juntamente com representações estudantis e outros movimentos, literalmente ocuparam todo o espaço do auditório onde se realizaria uma audiência pública destinada a legitimar o processo espúrio de formulação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio, impedindo a sua realização.
A BNCC é parte da fragmentação da educação básica e da intenção do governo golpista de Temer de privatizar a educação, nesse caso iniciando pelo percentual de 40% do ensino regular (com ensino a distância) e 100% da Educação de Jovens e Adultos.
Impedimos a audiência porque não compactuamos com uma farsa destinada a dar uma aparência de “debate democrático” a um processo autoritário de decisões tomadas nos gabinetes do governo golpista.
A BNCC é a concretização da antirreforma do ensino médio, consolidando um modelo de "apartheid educacional" no Brasil, instituindo uma escola boa para ricos e uma escola pobre para os filhos e filhas da classe trabalhadora.
A proposta de ensino profissionalizante que nela está prevista, por outro lado, praticamente estabelece esta etapa como fase final de estudos para os filhos e filhas da classe trabalhadora, não os preparando adequadamente para a continuidade de sua formação em nível superior e, pelos cursos que se pretende oferecer, predestina-os a determinadas profissões, como eletricistas, esteticistas, secretários(as) e outras.
O ensino profissional que almejamos para nossos jovens deve conjugar ensino, ciência, tecnologia, cultura, enfim, propiciar-lhes uma formação integral e integrada, como profissionais, cidadãos e cidadãs plenos de direitos.
Nenhuma disciplina a menos! Não à privatização!
Por um ensino médio que atenda os interesses dos filhos e filhas da classe trabalhadora!
Segue no anexo cartaz para ser reproduzido pelas subsedes e distribuído nas escolas
file:///C:/Users/Marli%20da%20Silva/Downloads/apeoesp-informa-urgente-30.pdf
Após protesto, audiência pública sobre a Base Nacional Curricular do ensino médio é cancelada em São Paulo
Por: Ana Carolina Moreno, G1 - 09.06
Audiência seria a segunda de um calendário de cinco debates públicos sobre a BNCC feita pelo Conselho Nacional de Educação em todas as regiões do país; segundo presidente da comissão, ainda não se sabe se ela será remarcada.
A audiência pública do Conselho Nacional de Educação (CNE) para discutir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na Região Sudeste foi cancelada na tarde desta sexta-feira (8), depois que um protesto contrário à reforma do ensino médio feita pelo Ministério da Educação interrompeu o debate.
Um comunicado foi publicado no site do CNE sobre a BNCC: "Tivemos que cancelar a audiência pública", confirmou ao G1 o conselheiro Cesar Callegari, presidente da comissão da BNCC no CNE e responsável pela audiência pública, na manhã deste sábado (9).
Segundo ele, grupos de manifestantes invadiram o local e impediram que os trabalhos pudessem ser realizados, e houve tumulto.
A Base foi entregue pelo MEC ao CNE em abril deste ano. Agora, o documento está na última fase de debates públicos, por meio das audiências. A previsão é que ele seja debatido pelos conselheiros até o fim de 2018
Centenas de inscritos
Na quinta-feira (7), Callegari havia dito que mais de 500 pessoas e 120 entidades educacionais já estavam inscritas para participar da audiência, que é a segunda de cinco encontros que o CNE vai fazer com o público para receber comentários e debates a versão final da BNCC do ensino médio, um em cada região do Brasil.
O de São Paulo aconteceria no auditório da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no bairro da Barra Funda. Na manhã do mesmo dia, entidades decidiram reunir manifestantes em um ato contra essa versão da Base, no mesmo local. A Apeoesp, o sindicato de professores do Estado de São Paulo, foi uma delas.
Em um comunicado, o sindicato afirmou que os professores e professoras de São Paulo, "presentes de forma massiva, juntamente com representações estudantes e outros movimentos, literalmente ocuparam todo o espaço do auditório onde se realizaria uma audiência pública destinada a legitimar o processo espúrio de formulação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio, impedindo a sua realização".
A Apeoesp critica o processo de audiências, que considera uma "farsa", e diz que as decisões do governo sobre o que foi incluído no documento final foram autoritárias.
Não há nova data prevista
De acordo com Callegari, ainda não se sabe se a audiência da Região Sudeste será remarcada. "Teremos que reavaliar a situação", disse ele. A primeira aconteceu em Florianópolis, em maio. A próxima está agendada para acontecer em Fortaleza, no mês que vem.