Alterar a previdência dos servidores
Piratini pode alterar previdência dos servidores estaduais
Projeto prevê contribuição por sistema complementar
Piratini pode alterar previdência dos servidores estaduais | Foto: Fabiano do Amaral
O governo do Estado desistiu de enviar projeto de aumento das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no pacote que segue entre esta quinta e sexta-feira para a Assembleia Legislativa. O recuo aconteceu ainda antes da reunião realizada com deputados e dirigentes da base aliada na noite dessa terça, no Palácio Piratini. O entendimento do Executivo é o de que não há margem “suficiente” de votos na base para garantir a aprovação da proposta. A tendência agora é que ocorram novas rodadas de negociação com os aliados, para tentar que o projeto siga para o Legislativo no final da próxima semana.
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Entre os projetos que serão encaminhados nesta semana, contudo, estão dois que também geram polêmica. Um trata da instituição da previdência complementar para os servidores estaduais. A mudança projetada pelo Executivo estabelece que quem desejar se aposentar com valores superiores ao do teto do INSS (hoje de R$ 4.663,75) deverá contribuir para um sistema de previdência complementar. Pela regra atual os servidores levam para a aposentadoria os valores integrais de seus vencimentos.
Outro projeto que deverá chegar à Assembleia é o que altera a incorporação de funções gratificadas (FGs) para fins de aposentadoria. Pela regra atual, o servidor que exerce cargo em comissão (CC) ou FG por dois anos completos tem incorporado ao vencimento 20% do valor da função gratificada a cada dois anos, até o limite máximo de 100%. E, quando exerceu mais de uma FG ou CC, leva para a aposentadoria o de maior valor, desde que tenha desempenhado o mesmo por pelo menos um ano e esteja em seu exercício, ou, então, incorpora o valor da função que tenha desempenhado por mais tempo. A proposta do Executivo estadual prevê que, ao invés da incorporação da última FG para a aposentadoria, seja feita uma média de um período predeterminado.
Além disso, a função gratificada será incorporada integralmente ao provento do servidor que a tiver exercido, mesmo sob forma de cargo em comissão, por um período mínimo de 5 (cinco) anos consecutivos ou 10 (dez) intercalados.
Também seguirão nesta semana ao Legislativo gaúcho os primeiros projetos que sinalizam para a diminuição do tamanho do Estado. Eles tratam de fusões ou extinções de estatais, mas ainda não dizem respeito às vendas de ativos consideradas mais polêmicas, como as em estudo para a Corsan, a CEEE, a Sulgás e a CRM.
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