A greve continua
Apesar da direção do CPERS, professores votam a favor da manutenção da greve em assembleia
sexta-feira 10 de novembro
A direção central do CPERS foi à assembleia dos professores preparada para enterrar a greve, fazendo de tudo para que essa heroica luta dos professores fosse desmobilizada.
Eles levaram suas propostas aos professores, em que a centralidade, é claro, estava no fim da greve:
Foram feitas diversas falas pela oposição e de muitos núcleos rechaçando a proposta da direção central de enterrar a greve. A assembleia se mostrava bastante dividida.
Absurdamente, a direção central do CPERS impôs uma votação feita em urnas, sem nenhuma transparência, impedindo que a democracia da base ocorresse de forma clara e que mostrasse efetivamente o resultado da vontade dos professores. O método das urnas serve apenas aos interesses de uma burocracia que não quer que as bases se expressem.
Uma das urnas da assembleia.
De acordo com professores presentes na assembleia, sequer foram mostradas as urnas vazias antes que os votos começassem a ser depositados, deixando claro que a burocracia do CPERS armava uma fraude para acabar com a greve. Combinando com a tática de trazer quem quer que fosse - como disse Helenir em suas mensagens "voto é voto" - isso mostra o desespero da burocracia do CPERS em trair a luta a todo custo.
Mesmo com todas as manobras e o desespero da burocracia da CUT que dirige o CPERS, a base mostrou sua disposição de ir até o fim nessa luta, e isso se expressou na votação da assembleia. Desde as primeiras urnas apuradas, a vantagem para a manutenção da greve era grande, e o desespero estava estampado no rosto de Helenir, presidente do CPERS, que na véspera tentava convocar todo e qualquer um disposto a votar pelo fim da greve para ir à assembleia.
Os professores comemoraram o resultado de manutenção da greve.
O resultado final foi de 1.160 votos a favor da continuidade da greve, e 578 pelo fim da greve.