A greve continua

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Protestos na Assembleia vão marcar o quarto dia da greve dos servidores

Nesta quinta-feira, categorias também devem decidir se encerram a paralisação ou estendem até sexta

Por: Vanessa Kannenberg

Protestos na Assembleia vão marcar o quarto dia da greve dos servidores Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
Na quarta, diversas ruas foram bloqueados por servidores em protesto contra o parcelamento de saláriosFoto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

Duas audiências públicas devem reunir os servidores estaduais junto à Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira, quarto dia da greve do funcionalismo. Ao longo da quinta, as categorias também devem anunciar se estenderão a paralisação ou se retomarão os serviços na sexta-feira. A tendência é que a greve dure mais um dia.

A principal audiência está marcada para as 11h15min e deve lotar o Auditório Dante Barone. O encontro vai discutir o projeto de lei complementar 206, proposto pelo governo Sartori, que estabelece normas de responsabilidade da gestão fiscal e limita gastos como o reajuste do funcionalismo - inclusive pode reverter alguns já concedidos pela gestão Tarso, como o dos militares.

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Entre os convidados, além de representantes do Legislativo, Executivo e TCE, estará uma das líderes do movimento que promoveu, em 2014, a maior paralisação nos serviços públicos no Paraná, a professora Marlei Fernandes de Carvalho.

Às 14h, o Movimento Unificado, que reúne 44 categorias, deve apoiar um ato público promovido pelo Cpers em frente ao Palácio Piratini. A partir das 17h, os servidores participam de uma reunião que vai discutir o projeto dos três senadores gaúchos que revisa a dívida do RS com a União. Pelo texto, o Estado passaria de devedor a credor de R$ 5 bilhões. O encontro ocorreu na sede da Fessergs, na Capital, e terá presença de Paulo Paim.

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Veja como devem ficar os serviços nesta quinta-feira:
 
Segurança Pública: a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros devem continuar promovendo aquartelamento e atender somente ocorrências urgentes e emergentes. Como são proibidos de fazer greve, familiares de PMs devem novamente bloquear a saída de quartéis em todo o Estado. A Polícia Civil deve continuar atendendo somente crimes graves, como homicídios e acidentes com morte, e interromper as investigações. Os agentes penitenciários também devem manter apenas 30% do efetivo trabalhando nas cadeias.
 
Bancos: a Justiça concedeu liminar determinando que as agências bancárias não abram em caso de falta de policiamento e estipulou multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento. Nesta terça, somente algumas agências fecharam as portas na Capital.
 
Educação: as escolas estaduais devem permanecer fechadas. De acordo com o Cpers, mais de 90% dos professores estão paralisados. A orientação é de que os pais não levem os filhos para a aula.
 
Saúde: instituições estaduais de saúde seguem aderindo ao movimento, mantendo somente os serviços essenciais em locais como Hospital Sanatório Partenon, Hospital Psiquiátrico São Pedro, Hospital Colônia Itapuã, Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps) e Ambulatório de Dermatologia Sanitária. O mesmo ocorre nas coordenadorias de saúde. Já a Escola de Saúde Pública deve paralisar completamente.
 
Transporte público: não há paralisação e nem previsão de interromper o serviço na Capital.


http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/09/protestos-na-assembleia-vao-marcar-o-quarto-dia-da-greve-dos-servidores-4839021.html




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