6º parcelamento
Governo Sartori confirma 6º parcelamento seguido de salários dos servidores
Luís Eduardo Gomes
Após participar de encontro com secretários da Fazenda municipais na sede da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), em Porto Alegre, o secretário estadual Giovani Feltes confirmou nesta terça-feira (26) que o Estado voltará a parcelar os salários dos servidores do Executivo referente ao mês de julho – o sexto mês consecutivo de parcelamento. Feltes, no entanto, não antecipou qual será a linha de corte deste mês e em quantas parcelas os vencimentos serão pagos, o que será anunciado oficialmente na próxima quinta-feira (28).
Feltes afirmou que, mesmo com o acordo para a suspensão do pagamento da dívida com a União, firmado em junho, o RS não terá condições de regularizar o pagamento em dia nos próximos meses.
“O furo mensal no RS, na média, uns meses é mais outros é menos, é de R$ 550, R$ 560 milhões por mês. Falta em junho, falta em julho, vai faltar em agosto, vai faltar em setembro e tu vem arrastando as tamancas de dívidas que a gente vai deixando para trás”, disse o secretário. “A questão da dívida foi um enfrentamento e uma vitória brutal do RS, mas resolve metade do nosso problema, porque a média da prestação da dívida é de R$ 270, R$ 275 milhões. Só que tem outro problema: a recessão ainda nos puxa fortemente para baixo. Ela nos tirou, no ano passado, R$ 2 bilhões de receita, esse ano igualmente vai nos tirar R$ 2 bilhões”, complementa.
Por outro lado, Feltes disse estar otimista que, com a resolução do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado Federal, prevista para a agosto, a economia deve voltar a crescer e, consequentemente, o Estado terá mais recursos para pagar os salários.
“Eu sou absolutamente otimista de que, desvendando-se essa questão política, e que ela aconteça o mais rapidamente possível com o enfoque que o Congresso ache que deva dar, a economia comece a melhorar. A economia melhorando diminui o quadro recessivo, aumenta a nossa receita e encurta, quem sabe, as nossas angústias ou ao menos o tempo que nós vamos ter que conviver com elas”, afirmou.