Sartori mente

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Sartori/PMDB mente para tentar desmobilizar a segurança pública

O Governo Sartori/PMDB lançou uma nota oficial, em resposta à paralisação dos servidores da segurança pública programada para amanhã. A nota traz uma série de inverdades, que tenta confundir e jogar a população e o restante dos servidores públicos contra os trabalhadores da Segurança Pública. Abaixo, a UGEIRM responde cada um dos pontos da Nota Oficial, mostrando as inverdades e omissões do Governador Sartori/PMDB.

sartoriAfirmação do governo Sartori/PMDB:

1 – O governo do Estado respeita as manifestações sindicais marcadas para esta quinta-feira, dia 4, mas espera que as mesmas ocorram de maneira pacífica e ordenada, sem prejudicar os mais de 11 milhões de gaúchos.

Resposta da UGEIRM: As entidades da Segurança Pública sempre lidaram com total responsabilidade as suas manifestações. No ano passado realizamos duas Marchas, que contaram com mais de 5.000 policiais, e em nenhuma delas houve qualquer tipo de tumulto ou ato irresponsável. Quem prejudica os 11 milhões de gaúchos, é o governo quando promove o desmonte da segurança pública e causa a maior onda de violência da história do RS.

2 – Os serviços públicos devem ser mantidos, especialmente na área da segurança pública. Não serão tolerados quaisquer desrespeitos à legislação civil e militar. A desobediência e a desordem só favorecem a criminalidade e não resolvem os problemas financeiros.

Resposta da UGEIRM: Os trabalhadores da Polícia Civil sempre agiram dentro da lei, inclusive garantindo os 30% dos serviços em casos de paralisação. Quem descumpre a lei é o governador Sartori/PMDB, quando zomba da justiça, ao manter presos em carceragens das delegacias, mesmo com uma decisão do TJ que determina a remoção de todos os presos. Além disso, já existe uma decisão da justiça, que obriga o governo a pagar a integralidade dos salários da segurança pública, decisão essa que é solenemente ignorada pelo governador. Nós realmente esperamos que não sejam tolerados desrespeitos à legislação e quem desrespeitar seja punido, no caso o governador Sartori/PMDB.

3 – O parcelamento de salários não é ato de vontade, mas fruto da crise financeira do país e da situação estrutural do Estado, agravada pelo governo anterior.

Resposta da UGEIRM: O parcelamento de salários não é ato de vontade. E sim um ato de incompetência, de um governo que está a mais de uma ano e meio falando de crise e não toma nenhuma medida para incrementar o desenvolvimento do nosso Estado. A única coisa que o governo faz é jogar a culpa no governo anterior e atacar os servidores públicos de menor poder salarial. Todas as medidas propostas pelo governo na Assembleia legislativa, foram aprovadas. Aumento de impostos, redução e congelamento no custeio da polícia, ataque à previdência dos servidores, redução do valor dos precatórios e venda de empresas públicas, entre outras medidas, foram aprovadas e a crise só piorou. Nesse ano conseguiu a carência para o pagamento da dívida, mas mesmo assim o parcelamento dos salários piorou. E a culpa ainda é do governo anterior?

4 – Qualquer radicalização é inoportuna diante do interesse público, especialmente dos trabalhadores mais humildes. O Brasil já soma quase 12 milhões de desempregados.

Resposta da UGEIRM: Radicalizar é pagar R$ 650,00 aos servidores no fim do mês. Inoportuno ao interesse público é desmontar a segurança pública. Quem prejudica os mais humildes, é o governo Sartori/PMDB, quando aumenta impostos, desmonta a segurança, a educação e a saúde.

5 – As categorias da área da segurança foram as únicas contempladas com aumentos, promoções e nomeações no atual governo. Para um soldado da Brigada Militar, o reajuste chegou a 30,73% – índice superior à inflação do período.

Resposta da UGEIRM: O Governador Sartori/PMDB mente de forma descarada. As categorias da área da segurança não receberam aumentos. A implantação da Tabela de Subsídios para os trabalhadores da área da segurança, foi uma negociação feita entre os trabalhadores e o governo, mediada pela Assembleia Legislativa. Para garantir a implantação da Tabela, os trabalhadores abriram mão de vários benefícios, entre eles o adicional de risco de vida. Essa implantação está sendo feita de forma gradual, se estendendo até 2018. O que o governador chama de aumento, trata-se na realidade da implantação da tabela. O salário da Brigada Militar, que o governador se vangloria de ser um bom salário, era o 24º entre todas as polícias do país no fim de 2015.

6 – No total de quatro anos, esses aumentos representarão quase R$ 4 bilhões de acréscimo nos gastos do Estado, o que amplia a possibilidade de parcelamento dos salários. Esse valor corresponde a cerca de quatro folhas mensais de todo o funcionalismo estadual.

Resposta da UGEIRM: O total de aumento dos gastos do Estado, propalado pelo governo, é em relação aos quatro anos para a implantação da Tabela. Porém, o governo é desonesto ao não colocar no cálculo a economia com o não pagamento dos benefícios que os policiais abriram mão. Além disso, compara despesas que serão despendidas no decorrer de quatro anos, com despesas mensais. Isso se chama desonestidade intelectual. Quanto o governo paga de juros da dívida? Lembrando que esse acordo da dívida foi feito pelo governo Britto, quando o governador Sartori era líder do governo na Assembleia Legislativa. Quantas folhas seriam pagas com um ano de pagamento da dívida pública? Essa pergunta o governador não responde.

7 – Mesmo com todas as dificuldades, o governo promoveu 2.186 policiais de nível médio e superior da Brigada Militar e Polícia Civil. Além disso, assumiu compromisso de chamar todos os concursados e ampliar os investimentos em diárias e horas extras.

Resposta da UGEIRM: O que o governador não diz é que essas promoções estavam atrasadas a um ano e meio. E só foram feitas depois de muita pressão dos policiais, inclusive com uma campanha ameaçando parar as operações policiais. Quanto às contratações, chega a ser cômico um governo que cancelou a convocação já assinada pelo governo anterior, se vangloriar de assumir o compromisso de chamar esses concursados para começar a trabalhar somente no fim de 2017, quando o déficit da polícia vai estar no maior nível da história e esses policiais vão representar quase nada para sanar a falta de policiais.

8 – O governo orienta a população para que mantenha suas atividades normalmente. Espera que sindicatos não estimulem a criação de um clima de pânico. E conclama os policiais para o cumprimento de suas atividades, honrando a história da Brigada Militar e da Polícia Civil. O combate à criminalidade não pode ter trégua.

Resposta da UGEIRM: Quem cria pânico é o governo com a sua falta de política de segurança, que tem levado ao Rio Grande do Sul a se transformar em um dos estados mais violentos do país. Se não estamos em uma situação pior ainda, isso se deve ao trabalho dos policiais, que trabalham pela segurança da população mesmo sem salários e com as piores condições possíveis de trabalho. Nós honramos a história da Polícia Civil. Queremos saber se o governador pode dizer o mesmo em relação ao governo do Estado, quando paga R$ 650,00 para um policial sustentar a sua família.

9 – Reivindicações corporativas são legítimas, mas o Estado precisa cuidar do interesse de toda a sociedade gaúcha. Nossos problemas estruturais só serão resolvidos de forma solidária, com seriedade e persistência.

Resposta da UGEIRM: Nesse ponto nós concordamos totalmente. Só esperamos que o governo faça a sua parte, com seriedade e sem piadas de mau gosto, como é costume do governador Sartori/PMDB.

 

http://ugeirmsindicato.com.br/wordpress/?p=2766 




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