Quem agrediu foi Sartori

Quem agrediu foi Sartori

Fátima Presotto e Aládio Kotowski
Fátima Presotto e Aládio Kotowski

“QUEM NOS AGREDIU NÃO FOI A BM, FOI O GOVERNO SARTORI”, DIZ FÁTIMA

Servidores que protestam na Praça da Matriz pouco antes do meio-dia desta terça-feira (22), em frente à entrada principal da Assembleia Legislativa foram agredidos pela Brigada Militar. Foi utilizado o Pelotão de Choque, a cavalaria e bombas de gás lacrimogênio para deter os manifestantes, após parte deles ultrapassar as grades e chegar à porta de acesso do Legislativo.

 O comando da BM ainda não confirmou o efetivo deslocado para isolar a Assembleia e o Palácio Piratini, mas a estrutura de segurança é superior, inclusive, à que costuma ser utilizada durante eventos da presidência da República. Além do choque e da cavalaria, mais de 100 policiais se encontram espalhados pela rua Duque de Caxias, na frente e nas laterais do Palácio Piratini e nas imediações da Praça da Matriz e do Palácio Farroupilha. 

Segundo a Diretora do CPERS Santa Rosa, Fátima Regina Presotto, “quem esteve no ato e presenciou os fatos pode ver que era um dia muito chuvoso e milhares de trabalhadores estavam na Praça da Matriz cercados por grades como se fossem animais, não podendo nem acessar a rua em frente a Assembleia Legislativa. Chovia muito forte e, quando os trabalhadores compreenderam que havia uma liminar que garantia o acesso, foi o momento de encontrarmos pelo menos um abrigo da chuva, e foi o que fizemos, nos deslocamos até o hall externo próximo a entrada da Assembleia. 


Nas nossas costas existiam quatro ou cinco fileiras de soldados da BM e as palavras usadas pelos trabalhadores em nenhum momento foram agressivas, o máximo que se ouvia era, “a casa é do povo, deixa o povo entrar”. Na minha frente estava uma jovem, de aproximadamente 1,60 m de altura, uma professora de uns vinte anos de idade, que risco ela poderia oferecer? E foi uma das que mais apanhou e chorava desesperada. Quando me abaixei para ajuda-la foi o momento que apanhamos muito. Fizemos exame de corpo delito e um boletim de ocorrência, pois precisamos identificar publicamente o está acontecendo para que isso não se repita “, relata Fátima.


“Para que as pessoas não digam o que não sabem, ninguém criou baderna, foi lá para agredir, e digo mais, quem nos agrediu não foi a Brigada Militar, foi o governo Sartori, que agride o serviço público, a população deste estado que não está se dando conta o quanto está sendo agredida , porque é triste quando o trabalhador não compreende a agressão que sofre, é triste quando trabalhador bate em trabalhador. 


Quando digo que quem nos bateu foi o governo Sartori e não a BM, é porque compreendo a luta que os companheiros da Brigada Militar tem feito junto conosco aqui e na região, são companheiros que estão conosco em todas as lutas, inclusive junto no nosso ônibus que foi a Porto Alegre para esta atividade. 


Antes da tropa de choque chegar dialogávamos tranquilamente com os brigadianos, claro que eles falavam “entre dentes”, porque atrás deles tinha um comandante, mas eles olhavam para  nós e a gente sentia que eles não queriam estar ali, só que não podem se negar a prestar seu serviço.

Haviam  comandantes por trás deles que comandavam com raiva, havia raiva nos olhos de alguns graduados da BM, porque entre as ofensas, e aí até acho que é ofensivo para um graduado quando gritávamos “ei você aí fardado, também foi parcelado”. Os soldados olhavam para nós com um olhar terno, porque eles também são vítimas do governo Sartori,” comentou a Diretora do CPERS. 


“Nós temos feito aqui uma luta unificada, os companheiros da brigada tem estado junto com nós em todos os momentos, e no ônibus, quando me sentei para retornarmos a Santa Rosa, um companheiro da Brigada Militar que tinha ido junto conosco, se ajoelhou e me abraçou pedindo perdão pela atitude dos colegas, e eu disse a ele, não foi a BM que nos agrediu, foi o governo Sartori, e precisamos ter a compreensão disto. A nossa luta aqui e na região continua unificada, junto com esses companheiros da brigada que são tão atacados quanto nós”, finalizou Fátima.       


Para o representante de base do CPERS Santa Rosa, Aládio Kotowski, “nós, como lideranças populares, não aceitamos e manifestamos essa nossa indignação publicamente com ações quando o estado mantém privilégios para os altos salários dos outros poderes, mantém isenções bilionárias para empresas, as maiores do estado, só elas recebem bilhões em isenções de impostos, não aceitamos o nível de sonegação que elas tem. O Rio Grande do Sul tem uma arrecadação que poderia ser no mínimo 1/3 maior se fosse combatida a sonegação e fossem revistas estas isenções e benefícios fiscais para estas grandes empresas. E nada disso o governador propõe, eles simplesmente não se mechem.


Mexeram somente na escola pública, saúde, segurança, produção de alimentos, no funcionário público com os menores salários, estes foram covardemente atingidos com o parcelamento de salários, mas o que é o mais grave de tudo, com o corte de investimentos em todos estes setores, onde atinge em cheio o trabalhador, aquele que paga impostos em dia, que não tem nem como sonegar, que não tem isenção fiscal, este paga uma conta por opção do governo Sartori. É uma opção deles estabelecer este clima de caos para poderem fazer  o que está acontecendo”, frisou Aládio. 


“Nós não temos como ficar quietos diante disto, precisamos reagir, a sociedade espera uma reação nossa, nossos estudantes nos olhavam e esperavam algo de nós, então não poderíamos ficar apáticos, omissos e fomos a luta, que é a denúncia daquilo que nós temos certeza que é injusto, do que não é de direito, que é um governo se estabelecer e criar um clima de  caos para sacrificar o trabalhador . Tivemos que fazer uma articulação com várias categorias, muitas instituições para fazer esta denúncia, e a fizemos com muita responsabilidade assim como fizemos em outros tempos quando detectávamos que denúncias deveriam ser feitas”, comenta o representante do CPERS..


“No governo Tarso, quando dizíamos que era preciso rever as isenções fiscais para as grandes empresas para pagar o piso salarial dos professores, avançamos muito, mas era insuficiente.

Fomos para frente da casa do governador Tarso Genro e fomos recebidos com tiros de borracha pela tropa de choque da Brigada Militar, como também fomos recebidos com violência na frente da casa da ex-governadora Yeda Crusius, assim como também aconteceu em outros  governos, fomos tratados com violência, desprezo de quem deveria dar as respostas ao povo. 


Todas as vezes que nós fizemos isso foi com muita responsabilidade, independente de quem era o governo, mas temos que sublinhar, existem governos que são muito difíceis, truculentos. E para nós os governos do PMDB, desde o tempo do governo Pedro Simon, Britto, Rigotto, e Yeda, no qual o PMDB era o principal aliado, e agora o Sartori sempre foi muito difícil, porque parece que são governos que tem um atrelamento tão grande com as grandes empresas, com aqueles que sempre foram privilegiados na sociedade gaúcha. Eles demonstram, e não tem nem vergonha de dizer que são atrelados com o grande, com o capital e nós precisamos reagir. Organizamos a reação com a denúncia na imprensa responsável, aquela que consegue enxergar a realidade e não ver o mundo com olhos ideológicos”, enfatizou Aládio. 


“No início de setembro a região metropolitana de Porto Alegre registrou o milésimo assassinato, no ano passado isto foi registrado somente em novembro, e o que é isso senão um símbolo, nunca tivemos tantos assaltos, assassinatos, agressão e covardia pela simples omissão do estado. Não acredito que o dinheiro terminou no dia primeiro de janeiro de 2015, quer dizer, não foi o caos até se estabelecer em março quando houve o aumento do salário do governador, vice, secretários, deputados estaduais e suas diárias, do judiciário, quando se estabeleceu que seria pago R$ 4,3 mil reais mensais como auxílio moradia para cada magistrado. 


O que nós vimos nesta terça-feira (22), na Praça da Matriz em Porto Alegre é o atestado de um governo criminoso, covarde que não hesitou em colocar o seu braço armado para dar “paulada” e jogar spray nos olhos dos professores. Lá estavam professores dos 20 aos 80 anos, que, no máximo estavam armadas com uma caneta no bolso, onde 80 %  eram mulheres, o resto eram professores que nunca pegaram em armas, jamais reagiram com violência e foi contra estes que o governo Sartori colocou sua tropa de choque com homens muito bem armados e preparados, que bateram com o cassetete em quase todas as partes do corpo de homens, mulheres e crianças indiscriminadamente. E bateram em pessoas que não ofereceram reação alguma. Eu e a Fátima apanhamos covardemente pelas costas” finalizou Aládio Kotowski.

Servidores que protestam na Praça da Matriz pouco antes do meio-dia desta terça-feira (22), em frente à entrada principal da Assembleia Legislativa foram agredidos pela Brigada Militar. Foi utilizado o Pelotão de Choque, a cavalaria e bombas de gás lacrimogênio para deter os manifestantes, após parte deles ultrapassar as grades e chegar à porta de acesso do Legislativo.

 O comando da BM ainda não confirmou o efetivo deslocado para isolar a Assembleia e o Palácio Piratini, mas a estrutura de segurança é superior, inclusive, à que costuma ser utilizada durante eventos da presidência da República. Além do choque e da cavalaria, mais de 100 policiais se encontram espalhados pela rua Duque de Caxias, na frente e nas laterais do Palácio Piratini e nas imediações da Praça da Matriz e do Palácio Farroupilha. 

Segundo a Diretora do CPERS Santa Rosa, Fátima Regina Presotto, “quem esteve no ato e presenciou os fatos pode ver que era um dia muito chuvoso e milhares de trabalhadores estavam na Praça da Matriz cercados por grades como se fossem animais, não podendo nem acessar a rua em frente a Assembleia Legislativa. Chovia muito forte e, quando os trabalhadores compreenderam que havia uma liminar que garantia o acesso, foi o momento de encontrarmos pelo menos um abrigo da chuva, e foi o que fizemos, nos deslocamos até o hall externo próximo a entrada da Assembleia. 

Nas nossas costas existiam quatro ou cinco fileiras de soldados da BM e as palavras usadas pelos trabalhadores em nenhum momento foram agressivas, o máximo que se ouvia era, “a casa é do povo, deixa o povo entrar”. Na minha frente estava uma jovem, de aproximadamente 1,60 m de altura, uma professora de uns vinte anos de idade, que risco ela poderia oferecer? E foi uma das que mais apanhou e chorava desesperada. Quando me abaixei para ajuda-la foi o momento que apanhamos muito. Fizemos exame de corpo delito e um boletim de ocorrência, pois precisamos identificar publicamente o está acontecendo para que isso não se repita “, relata Fátima.

“Para que as pessoas não digam o que não sabem, ninguém criou baderna, foi lá para agredir, e digo mais, quem nos agrediu não foi a Brigada Militar, foi o governo Sartori, que agride o serviço público, a população deste estado que não está se dando conta o quanto está sendo agredida , porque é triste quando o trabalhador não compreende a agressão que sofre, é triste quando trabalhador bate em trabalhador. 

Quando digo que quem nos bateu foi o governo Sartori e não a BM, é porque compreendo a luta que os companheiros da Brigada Militar tem feito junto conosco aqui e na região, são companheiros que estão conosco em todas as lutas, inclusive junto no nosso ônibus que foi a Porto Alegre para esta atividade. 

Antes da tropa de choque chegar dialogávamos tranquilamente com os brigadianos, claro que eles falavam “entre dentes”, porque atrás deles tinha um comandante, mas eles olhavam para  nós e a gente sentia que eles não queriam estar ali, só que não podem se negar a prestar seu serviço.

Haviam  comandantes por trás deles que comandavam com raiva, havia raiva nos olhos de alguns graduados da BM, porque entre as ofensas, e aí até acho que é ofensivo para um graduado quando gritávamos “ei você aí fardado, também foi parcelado”. Os soldados olhavam para nós com um olhar terno, porque eles também são vítimas do governo Sartori,” comentou a Diretora do CPERS. 

“Nós temos feito aqui uma luta unificada, os companheiros da brigada tem estado junto com nós em todos os momentos, e no ônibus, quando me sentei para retornarmos a Santa Rosa, um companheiro da Brigada Militar que tinha ido junto conosco, se ajoelhou e me abraçou pedindo perdão pela atitude dos colegas, e eu disse a ele, não foi a BM que nos agrediu, foi o governo Sartori, e precisamos ter a compreensão disto. A nossa luta aqui e na região continua unificada, junto com esses companheiros da brigada que são tão atacados quanto nós”, finalizou Fátima.       

Para o representante de base do CPERS Santa Rosa, Aládio Kotowski, “nós, como lideranças populares, não aceitamos e manifestamos essa nossa indignação publicamente com ações quando o estado mantém privilégios para os altos salários dos outros poderes, mantém isenções bilionárias para empresas, as maiores do estado, só elas recebem bilhões em isenções de impostos, não aceitamos o nível de sonegação que elas tem. O Rio Grande do Sul tem uma arrecadação que poderia ser no mínimo 1/3 maior se fosse combatida a sonegação e fossem revistas estas isenções e benefícios fiscais para estas grandes empresas. E nada disso o governador propõe, eles simplesmente não se mechem.

Mexeram somente na escola pública, saúde, segurança, produção de alimentos, no funcionário público com os menores salários, estes foram covardemente atingidos com o parcelamento de salários, mas o que é o mais grave de tudo, com o corte de investimentos em todos estes setores, onde atinge em cheio o trabalhador, aquele que paga impostos em dia, que não tem nem como sonegar, que não tem isenção fiscal, este paga uma conta por opção do governo Sartori. É uma opção deles estabelecer este clima de caos para poderem fazer  o que está acontecendo”, frisou Aládio. 

“Nós não temos como ficar quietos diante disto, precisamos reagir, a sociedade espera uma reação nossa, nossos estudantes nos olhavam e esperavam algo de nós, então não poderíamos ficar apáticos, omissos e fomos a luta, que é a denúncia daquilo que nós temos certeza que é injusto, do que não é de direito, que é um governo se estabelecer e criar um clima de  caos para sacrificar o trabalhador . Tivemos que fazer uma articulação com várias categorias, muitas instituições para fazer esta denúncia, e a fizemos com muita responsabilidade assim como fizemos em outros tempos quando detectávamos que denúncias deveriam ser feitas”, comenta o representante do CPERS..

“No governo Tarso, quando dizíamos que era preciso rever as isenções fiscais para as grandes empresas para pagar o piso salarial dos professores, avançamos muito, mas era insuficiente. Fomos para frente da casa do governador Tarso Genro e fomos recebidos com tiros de borracha pela tropa de choque da Brigada Militar, como também fomos recebidos com violência na frente da casa da ex-governadora Yeda Crusius, assim como também aconteceu em outros  governos, fomos tratados com violência, desprezo de quem deveria dar as respostas ao povo. 

Todas as vezes que nós fizemos isso foi com muita responsabilidade, independente de quem era o governo, mas temos que sublinhar, existem governos que são muito difíceis, truculentos. E para nós os governos do PMDB, desde o tempo do governo Pedro Simon, Britto, Rigotto, e Yeda, no qual o PMDB era o principal aliado, e agora o Sartori sempre foi muito difícil, porque parece que são governos que tem um atrelamento tão grande com as grandes empresas, com aqueles que sempre foram privilegiados na sociedade gaúcha. Eles demonstram, e não tem nem vergonha de dizer que são atrelados com o grande, com o capital e nós precisamos reagir. Organizamos a reação com a denúncia na imprensa responsável, aquela que consegue enxergar a realidade e não ver o mundo com olhos ideológicos”, enfatizou Aládio. 

“No início de setembro a região metropolitana de Porto Alegre registrou o milésimo assassinato, no ano passado isto foi registrado somente em novembro, e o que é isso senão um símbolo, nunca tivemos tantos assaltos, assassinatos, agressão e covardia pela simples omissão do estado. Não acredito que o dinheiro terminou no dia primeiro de janeiro de 2015, quer dizer, não foi o caos até se estabelecer em março quando houve o aumento do salário do governador, vice, secretários, deputados estaduais e suas diárias, do judiciário, quando se estabeleceu que seria pago R$ 4,3 mil reais mensais como auxílio moradia para cada magistrado. 

O que nós vimos nesta terça-feira (22), na Praça da Matriz em Porto Alegre é o atestado de um governo criminoso, covarde que não hesitou em colocar o seu braço armado para dar “paulada” e jogar spray nos olhos dos professores. Lá estavam professores dos 20 aos 80 anos, que, no máximo estavam armadas com uma caneta no bolso, onde 80 %  eram mulheres, o resto eram professores que nunca pegaram em armas, jamais reagiram com violência e foi contra estes que o governo Sartori colocou sua tropa de choque com homens muito bem armados e preparados, que bateram com o cassetete em quase todas as partes do corpo de homens, mulheres e crianças indiscriminadamente. E bateram em pessoas que não ofereceram reação alguma. Eu e a Fátima apanhamos covardemente pelas costas” finalizou Aládio Kotowski.

 

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