Cid Gomes tentou resistir ao MEC

Cid Gomes tentou resistir ao MEC

Com histórico de polêmicas, Cid Gomes tentou resistir ao MEC

Governador do Ceará, que assume a Educação, queria vaga de consultor do BID nos EUA

POR MARIA LIMA


Cid Gomes mergulha no tanque de uma adutora para consertar problema que impedia abastecimento 
- Terceiro / Divulgação

 Os planos do governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), não incluíam ser ministro no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Ele queria colocar o irmão Ciro Gomes na Esplanada e partir para uma temporada em Washington, como consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Resistiu enquanto pôde e só cedeu quando viu inviabilizada a nomeação do irmão, considerado com potencial de estrago político maior do que sua folclórica atuação como governador.

O futuro ministro da Educação teve performance reconhecida na área no seu estado, com a implementação de uma reforma educacional, principalmente no ensino fundamental, e escolas em tempo integral. Mas ocupou as manchetes nacionais pelas excentricidades no uso do dinheiro público: contratação de estrelas nacionais e internacionais para inauguração de obras públicas, passeio de jatinho fretado com a sogra e familiares a vários países da Europa, e contratação de um bufê para abastecer a cozinha do palácio por R$3,4 milhões, no episódio conhecido como a “farra do caviar”.

Cid Gomes comprou briga com o Ministério Público Federal do Ceará, que chegou a entrar com recurso na Justiça Federal pedindo a devolução do cachê de R$ 650 mil pagos a Ivete Sangalo por show em inauguração do hospital Regional do Norte, em Sobral, base dos Ferreira Gomes. Em resposta, Cid disse que continuaria gastando com lazer: “Doa a quem doer”.

Mais tarde a briga foi com o Tribunal de Contas pela contratação do tenor Plácido Domingo para o show de inauguração do Centro de Eventos do Ceará. Para encantar convidados do mundo político e de celebridades do eixo Rio-São Paulo-Brasília, Cid Gomes gastou dos cofres públicos R$ 3,1 milhões. Isso apenas para despesas com o cachê do tenor e sua equipe, fora custos de oito bufês, decoração, iluminação, mobiliário e cerimonial.

Algoz do governador, o deputado estadual Heitor Ferrer (PDT) foi o único parlamentar que iniciou uma cruzada contra o que chamou de “farra do caviar”: um contrato para contratação de um bufê, no valor de R$ 3,4 milhões, para abastecer a cozinha da residência oficial e o gabinete do governador, por um ano, com iguarias e com o fornecimento de taças de cristal, flores, garçons e chefs de cozinha.

Foi de Ferrer também a denúncia do fretamento de um jatinho que levou para férias na Europa sete pessoas, entre elas, esposas de um secretário e de um assessor do governo e a sogra do governador, Pauline Carol Habib Moura. Custou R$ 388 mil. O governador alega que participou de feiras e reuniões de turismo, fruticultura e energias alternativas.

Cid Gomes protagonizou outros episódios inusitados como governador. Causou polêmica ao publicar no Facebook dirigindo com o filho pequeno no colo, sem cinto. E em um vídeo na internet com milhares de acessos, ele aparece, sem camisa, mergulhando no tanque de uma adutora para consertar um problema que impedia o abastecimento de água em Itapipoca.


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