Governo brasileiro perdeu o rumo

Governo brasileiro perdeu o rumo

Imprensa inglesa diz que o governo brasileiro perdeu o rumo e agora joga o povo contra o povo

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Como mídia livre só temos um objetivo, contribuir para o esclarecimento de todos os interessados num país e num mundo melhores, ou ao menos, menos piores.

Até os ingleses já sabem que a coisa está feia no Brasil. Uma matéria do The Guardian, traz uma análise crítica, um visão de alguém de fora sobre a situação do Brasil, onde se vê claramente um governo que se perdeu política e economicamente, e agora, tenta distrair as atenções com a copa do mundo, colocando ainda as classes sociais umas contra as outras, e, assim, tirar o foco dos reais problemas.

Antes, para somar à matéria, alguns link´s, dão a dimensão do caos, espalhado em várias regiões do país, de diversas maneiras:

Reveja: Protesto reprimido com violência pela PM no Rio de Janeiro, ganha repercussão internacional

Reveja: Fifa manda e prefeito determina desocupação violenta no Rio de Janeiro (Mais de 7 mil curtidas)

Reveja: Banco toma propriedade de agricultor por dívida de R$ 1.300 Reais (Mais de 14 mil curtidas)

Reveja: Médico indignado abandona plantão em Hospital de Ponta Grossa-PR

Reveja: Menino de 13 anos vai fazer um simples curativo no hospital e sai com o braço amputado

Reveja: Promotor do MT diz que vai acionar a Google para remover vídeo de denúncia feita por agricultor

Reveja: Bandidos invadem casa, estupram crianças e fogem com uma caminhonete em Cândido de Abreu

Reveja: Depois do porto de Cuba, dinheiro do povo brasileiro bancará 'obras' na Bolívia e no Uruguai

The Guardian - um ano de protesto frustrado contra um governo intransigente lançou uma onda de reprimida violência entre classes. “No Brasil há um ditado que diz:”. “Ladrão bom é ladrão morto” Estas palavras não são mais relevantes na paisagem dominada pelas guerra de classes brasileira de hoje, onde o preconceito, a violência e o racismo correm livres.(Veja um exemplo de preconceito e arrogância de uma classe contra outra)

A última semana foi cheia de atos de violência no Rio de Janeiro. Mais uma vez, a polícia e manifestantes entraram em confronto durante um protesto no centro da cidade. Alguns dias antes, um adolescente foi espancado, despido e amarrado a um poste de luz por um grupo de vigilantes por supostamente assaltar pessoas na rua. Os confrontos não são mais pessoas contra autoridade, eles se tornaram pessoas contra pessoas, são do povo contra o próprio povo.

E figuras da mídia tradicional têm apoiado os 'justiceiros/vigilantes' que fazem justiça com as próprias mãos. Esta semana Rachel Scheherazade, a âncora do SBT, disse que suas ações foram "compreensíveis”, e que se as pessoas fossem a favor dos direitos humanos que deve "fazer um favor ao Brasil e adotar um ladrão". Ela fez estas declarações na televisão nacional em horário nobre. (Reveja aqui)

Para muitos, as estatísticas justificam a reação violenta: em 2013 mais de 33.000 pessoas foram assassinadas no Rio, 1070, como consequência de assalto. Ainda mais assustadoramente, 5.412 pessoas morreram em conflitos com a polícia.

Como o governo concentrado na Copa do Mundo para agradar a comunidade internacional, tem se negligenciando mais ainda as pessoas do que o normal, e as coisas ficaram piores. Brasil já é o quarto país mais desigual do mundo (de acordo com a Organização das Nações Unidas).

A onda de crimes recentes, em particular no bairro do Flamengo, onde o adolescente negro foi atacado, e o resultado direto da raiva da população que foi deflagrada em junho passado. A tentativa do governo de elevar tarifas de ônibus mais uma vez atuou como um lembrete de que, desde os protestos do ano passado, as coisas ficaram piores, não melhores.

Talvez, as pessoas já tenham percebido que protestando não chegam a lugar nenhum, exceto para a obtenção de mudança em curto prazo.

O governo está enviando uma mensagem clara: vamos fazer o que queremos e os seus protestos não podem nos parar. Esta mensagem tornou-se perigosa, porque as pessoas agora se sentem no direito de roubar, de usar a violência para torturar os autores em qualquer situação que a polícia, toda desestruturada e implorando ajuda à nação, (veja aqui), não esteja a atuar.

E sempre haverá pessoas inocentes que sofrem. Na quinta-feira, um cinegrafista foi atingido na cabeça por um explosivo, supostamente uma bomba da polícia, depois de um protesto que se tornou violento. Ele está em coma.

A guerra é de alta renda versus baixa renda.

Enquanto as pessoas das favelas são levadas ao crime por causa de sua falta de oportunidades, pessoas de classe média se sentem cada vez mais com medo da violência e se preocupado com sua segurança. A raiva contra o governo está colocando uns contra os outros e, apesar do glorioso sol do Rio de Janeiro, o ambiente é de medo e tristeza para uma cidade de tal potencial.

Em última análise, embora o suporte para a tortura e violência seja horrível, os problemas sociais no Brasil são muito mais profundos que vigilantes/justiceiros fazendo o que acham que é certo.

Não é uma simples questão de matar um criminoso, porque ele é inerentemente mau; centenas de anos de opressão, do racismo e negligência do governo não podem ser camufladas com uma simples decisão de não aumentar as tarifas de ônibus.

“As coisas podem piorar".


Link da matéria publicada no Theguardian 08/02/2014

Tradução Luiza De Sordi
Equipe Jornal Zona de Conflito Mídia Independente

Colaboração da mídia livre Anonymous Baixada Fluminense RJ e Jornal Zona de Conflito Mídia Independente

Texto adaptado com link´s e inserções do FCS Brasil para facilitar a leitura dos internautas.

http://folhacentrosul.com.br/geral/3560/imprensa-inglesa-diz-que-o-governo-brasileiro-perdeu-o-rumo-e-agora-joga-o-povo-contra-o-povo




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