Manifestantes desocupam Assembleia

Manifestantes desocupam Assembleia

Após 17 horas, manifestantes desocupam Assembleia Legislativa do RS

Grupo deixou prédio após início da reunião entre Cpers e governo

Após desocupação, grupo seguiu em caminhada pelas ruas de Porto Alegre Crédito: André Avila

Com o início da reunião entre integrantes do comando de greve do Cpers/Sindicato, o secretário estadual da Educação, José Clóvis de Azevedo, e outros representantes do governo do Estado, o grupo que passou a noite na Assembleia Legislativa (AL) gaúcha desocupou o prédio. Estudantes, professores ligados ao Cpers/Sindicato e membros do movimento social Bloco de Lutas pelo Transporte Público saíram da sala do presidente da AL, deputado Pedro Westphalen (PP), por volta das 9h45min desta quarta-feira.

Porém, antes de deixar o local, foi lida uma carta pública de esclarecimento à comunidade escolar sobre os motivos da ocupação da Casa. Conforme o texto, a ação "teve o intuito de forçar os deputados a se posiconarem frente a luta dos educadores e dos estudantes pelo piso salarial nacional e contra a reforma do Ensino Médio Politécnico, decretada pelo governo de maneira autoritária". Outra reivindicação do grupo era a reabertura das negociações com o comando de greve do Cpers.


Após a leitura do texto, os manifestantes desceram as escadarias da AL entoando palavras de ordem. Eles seguiram em caminhada com destino à sede da Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), que fica na avenida Praia de Belas, onde ocorre a reunião. 


Durante a ocupação, a exemplo do que ocorreu na Câmara Municipal em julho, os manifestantes viraram de "cabeça para baixo" as fotos de alguns ex-deputados que ficam na galeria do primeiro andar do prédio.

Ocupação

A ocupação da Casa começou em torno das 16h30min dessa terça. O grupo ingressou rapidamente nas dependências e acomodou-se na antessala da presidência da AL, colocando cartazes com adesivos nas paredes e estabelecendo um regime de plenárias para deliberações sobre as ações do movimento.


Enquanto o presidente do Parlamento, deputado Pedro Westphalen, buscava contato com o governador Tarso Genro - que estava em Brasília -, chegou a ocorrer, pelas 19h30min, um princípio de enfrentamento entre seguranças e manifestantes. O conflito se deu quando foi barrado um cesto de vime coberto. Ao verificar que se tratava de lanche para a noite de vigília dos manifestantes, houve negociação e a entrada dos alimentos foi permitida.


Para a presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, o governo só retornaria ao diálogo com os grevistas diante da pressão dos parlamentares. "O Legislativo tem poder de exigir que o Executivo cumpra a Lei do Piso; e de fazer com que o governo ouça a categoria sobre a insatisfação com a mudança no Ensino Médio," declarou a sindicalista na ocasião.

Quadros de ex-deputadas foram virados de cabeça pra baixo na galeria da Assembleia Legislativa / Foto: André Ávila

 

Correio do Povo




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