Cpers ocupa o Palácio Piratini

Cpers ocupa o Palácio Piratini

Professores ligados ao Cpers ocupam o Palácio Piratini

Grupo quer encontro com representantes da Casa Civil

Grupo quer encontro com representantes da Casa Civil<br /><b>Crédito: </b> Ricardo Giusti Um grupo de cerca de 40 professores ocupou o Palácio Piratini, sede do governo do Estado localizado no Centro de Porto Alegre, na tarde desta terça-feira. Os docentes, ligados ao Cpers Sindicato, buscavam tentar um encontro com representantes da Casa Civil ou com a assessoria do governador Tarso Genro.

Entretanto, foram barrados. Com a negativa, houve um início de confronto entre a segurança do Executivo e os sindicalistas. Alguns integrantes do Cpers foram expulsos do prédio. Outros permaneceram nas escadarias do Palácio Piratini.

Por volta das 17h, houve um princípio de conflito, quando o Batalhão de Operações Especiais (BOE) chegou em frente ao local, para retomar a entrada do Palácio. Depois do início de uma confusão, o comando da Brigada Militar (BM) decidiu deixar os manifestantes no prédio. Estudantes ligados ao Bloco de Lutas pelo Transporte Público chegam ao Piratini para apoio aos professores. A categoria deflagrou uma greve em todo o Estado nessa segunda-feira.

Conforme o capitão Euclides Maria da Silva Neto, a BM está negociando com os manifestantes para evitar qualquer violência. "Existe uma negociação e estamos aqui para garantir a preservação da ordem e segurança das pessoas. Uma parte do pessoal queria ocupar uma parte da escadaria, mas como a gente não quer que as pessoas sejam atingidas, a BM decidiu recuar", disse à Rádio Guaíba.

Estudantes também protestam


Pela manhã, centenas de estudantes realizaram um protesto no Centro da Capital. O grupo foi até a Assembleia Legislativa. No ato, os alunos prestaram apoio à greve dos professores e se manifestaram contra a mudança curricular do Ensino Médio, com a implantação do Ensino Politécnico.

Uma audiência pública que discutiria o assunto estava marcada para as 9h30min no Parlamento. Entretanto, devido à ocupação da sala onde ocorreria o encontro, a agenda foi suspensa pela presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, Ana Affonso.

Segundo a presidente, a decisão foi tomada com a orientação do setor de segurança da Casa, para "garantir a tranquilidade do debate e o espaço democrático para manifestações, com o respeito necessário".

O espaço onde ocorreria a audiência, a sala Salzano Vieira da Cunha, ficou pequeno para a quantidade de interessados em participar da atividade, em sua maioria professores e estudantes. Os maiores espaços do prédio - o Teatro Dante Barone e o Plenarinho - já estavam ocupados por outros eventos.

De acordo com a deputada petista, prevendo grande presença popular, o colegiado decidiu abrir mais duas salas para transmissão da audiência pública através de um telão. "Mesmo assim houve tumulto, algumas pessoas quiseram invadir a sala", completou a parlamentar.

Segundo o governo do Estado, o objetivo da medida curricular é aproximar os estudantes do mundo do trabalho. Mas o método divide opiniões.

Com informações dos repórteres Luiz Sérgio Dibe e Voltaire Porto

Correio do Povo




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