A educação na calçada!

A educação na calçada!

 Siden Francesch do Amaral

A atitude é intrigante...

Por que o Governo Tarso não  recebe a direção do CPERS/Sindicato no Piratini, “recepcionando-os” somente na calçada do Palácio?

Antes de mais nada, convenhamos,  é uma grosseria gigantesca!

Fico conjeturando...

Seria por medo?

Não pode ser. Afinal, que governo seria esse que tem medo de receber educadores no Piratini?

Seria uma  tentativa de humilhar a categoria?

Mas, neste caso  seria uma “atitude redundante”. Já humilha bastante os Trabalhadores em Educação com o Piso Salarial que não lhes é pago e com as condições físicas lamentáveis das escolas que oferece aos educadores para realizarem seu trabalho e aos estudantes, para o aprendizado.

Continuo conjeturando...

Por que o Governo Tarso não recebe os representantes da categoria no Piratini?

Seria por vergonha?

Quem sabe...  Vergonha...

Afinal, a Lei do Piso, que o Executivo estadual descumpre tem a assinatura do governador.

Pode ser vergonha...

Ou quem sabe covardia?

Talvez, o Governo Tarso não tenha coragem de olhar nos olhos dos educadores depois de tanta enganação...

Ou quem sabe um misto de vergonha e covardia?

Afinal, que ameaça pode oferecer os representantes dos Trabalhadores em Educação para não serem convidados a entrar no Piratini,  sendo apenas  recebidos na calçada?

Seria vergonha ou covardia? Ou ambas?

E o enigma continua... Por que o Governo Tarso não recebe os educadores no Piratini?

Quem sabe a resposta esteja evidente: falta de educação!

Falta de uma boa educação! Essa boa educação que a gestão estadual,  agora, sonega ao povo gaúcho.

Quem não tem... Não valoriza!

Desfeito o enigma!  Educação e mentira são termos que não condizem...

Pois, pessoas com boa educação honram a palavra, promessas... Assinaturas, então...

Como já disseram,  a educação é à base de tudo!

Assim, enquanto empresários e banqueiros são recebidos com pompas nas salas suntuosas do Palácio, a Educação é “recepcionada” na calçada!

Essa postura do Executivo estadual carrega um simbolismo eloquente, demonstrando a quem a administração estadual serve, desmistificando qualquer discurso de cunho apenas eleitoral, para não dizer “eleitoreiro”...

Mas  o que se poderia esperar de uma gestão que colocou seu discurso no lixo, que contesta judicialmente com desculpas “esfarrapadas” uma lei que tem seu “chefe” como signatário?

Finalmente, num país onde os educadores são recebidos de forma acintosa, na calçada, pelo gestor público, esse faz jus à posição vexatória que se encontra no ranking internacional de educação. Também, por isso, é que estamos onde estamos!...

SIDEN FRANCESCH DO AMARAL é professor e diretor-geral do 14º Núcleo do CPERS/Sindicato (São Leopoldo)




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