Impacto da paralisação

Impacto da paralisação

Setor por setor, saiba o possível impacto da paralisação no Estado

Serviços nas áreas de educação, saúde e segurança pública devem ser impactados pelo movimento de servidores

Setor por setor, saiba o possível impacto da paralisação no Estado Mateus Bruxel/Agencia RBS
Servidores organizam paralisação na segunda-feira contra parcelamento de saláriosFoto: Mateus Bruxel / Agencia RBS

Serviços essenciais devem ser paralisados ou reduzidos na próxima segunda-feira, data em que o funcionalismo marcou uma mobilização para protestar contra o parcelamento dos salários. Saiba, setor por setor, o possível impacto da mobilização no Estado:

Agentes penitenciários

Suspensas atividades internas com detentos, transporte de apenados para audiências e transferência de presos, segundo o sindicato da categoria. Ficam mantidos o cumprimento de alvarás de soltura e o recebimento de prisões em flagrante, bem como os serviços de alimentação e saúde.

Brigada Militar

Entidades que representam a Brigada Militar pediram, em nota, que a população permaneça em casa na segunda-feira. Os brigadianos ficarão aquartelados e garantem que só deixarão os batalhões para atender ocorrências de urgência, como crimes contra a vida. O policiamento ostensivo deve ficar suspenso durante o dia. Constitucionalmente, militares são proibidos de suspenderem suas atividades, mas eles sustentam não se tratar de paralisação, mas de uma redução no ritmo de trabalho.

Corpo de Bombeiros

Bombeiros militares também optaram pelo aquartelamento na segunda-feira, de acordo com a associação da categoria. Eles devem deixar as unidades para atender apenas a casos de urgência, como incêndios e salvamentos. Serviços de prevenção, análises de projetos e vistorias de estabelecimentos devem ser suspensos.

Polícia Civil

Policiais civis deverão atender somente a flagrantes e crimes graves, como homicídio, estupro e ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e violência doméstica. Sindicatos da corporação apontam que não haverá a circulação de viaturas na segunda-feira. Também ficará suspenso o cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão, operações policiais, serviços de cartório, entrega de intimações, oitivas e remessas de inquéritos à Justiça. Delegados de Polícia ainda decidiram suspender qualquer ação e operação, à exceção de casos graves e flagrantes, até o pagamento integral do salário de julho.

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Saúde

O número de funcionários em atendimento deve ser reduzido no Hospital Sanatório Partenon e no Hospital Psiquiátrico São Pedro, o que pode causar um tempo de espera maior do que usual. Já o Ambulatório de Dermatologia Sanitária, onde são realizadas consultas e não se tratam de casos de urgência, corre o risco de não abrir, conforme o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindsepe/RS), Claudio Augustin. A paralisação também deve atingir as atividades da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde, entre elas, o Laboratório Central do Estado (Lacen). Augustin diz que os servidores estaduais dos postos de saúde também podem paralisar. Ainda não há estimativa de adesão no Interior.


Educação

Escolas podem não abrir as portas na segunda-feira, dia do retorno das férias, por orientação do Cpers-Sindicato. A entidade diz que escolas de todo o Rio Grande do Sul estarão fechadas e que não haverá aula — por isso, orienta pais e alunos a não se deslocarem às unidades. O Cpers espera adesão total do magistério. A Secretaria da Educação do Estado apenas informou que as 2,5 mil unidades estarão prontas para receber os 986 mil alunos da rede.


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Transporte Coletivo

Somente os ônibus da Carris não estão saindo da garagem. As outras empresas que prestam serviço na Capital operam normalmente. O motivo para os 8,6 mil rodoviários não trabalharem na segunda-feira seria a falta de segurança devido ao possível aquartelamento dos policiais militares.

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Outros serviços

Servidores do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), do Instituto de Previdência do Estado (IPE), administrativos e do quadro geral (que trabalham nas secretarias) devem aderir à paralisação, conforme a Federação Sindical dos Servidores no Estado (Fessergs). Os técnicos-científicos também preveem suspensão no trabalho. O sindicato da categoria, que reúne 42 profissões (entre elas, assessores jurídicos e bioquímicos) prevê que atividades como fiscalização agropecuária e de obras estaduais sejam afetadas.

Já os bancários conseguiram uma liminar na Justiça do Trabalho que garante a possibilidade de agências fechadas caso não haja policiamento nas ruas. A situação será avaliada nas primeiras horas da manhã por diretores de entidades que representam a categoria. Se não houver condições de segurança para manter as atividades, os bancos ficarão fechados ao longo do dia, conforme informou o SindBancários.

O comércio não deve ser afetado. De acordo com a Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), as lojas da Capital permanecerão abertas.

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Às 23h10 de domingo, uma nota oficial foi publicada no site do governo estadual reforçando o que vem sendo dito pelo Piratini desde o anúncio do parcelamento. No comunicado, o governo reconhece e respeita a legitimidade das manifestações sindicais que possam ocorrer de maneira democrática e responsável. Ao mesmo tempo, fará todos os esforços para manter a normalidade dos serviços públicos. .  

* Zero Hora




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