Estudantes criticam falta de compromisso do governo Sartori com educação pública

Ao todo, estudantes de cinco escolas públicas do ensino médio de Porto Alegre e de Nova Santa Rita participaram das atividades. (Fotos: Catiana de Medeiros/Divulgação)

Da Redação

Cerca de 200 estudantes de escolas públicas do Rio Grande do Sul realizaram um ato no Centro Histórico de Porto Alegre, na manhã desta sexta-feira (28), em defesa da Educação e em solidariedade aos professores gaúchos que estão lutando contra o parcelamento de salários e outras medidas adotadas pelo governador José Ivo Sartori (PMDB). A mobilização, coordenada pelo Levante Popular da Juventude, iniciou com uma concentração em frente à prefeitura, que foi seguida de uma caminhada até o Palácio Piratini.

Segundo Ezequiela Scapini, do Levante Popular da Juventude, o ato ocorreu em solidariedade aos professores gaúchos, que terão novamente os seus salários parcelados na próxima segunda-feira (31), e para denunciar a falta de repasse de verbas à manutenção das escolas.  “As medidas do Governo Sartori evidenciam o descaso com o ensino público, contribuindo para a precarização do ensino e a desmotivação dos professores e alunos. A solução à saída da crise em que o Estado se encontra não passa pela redução dos investimentos em educação, mas sim por medidas que contribuam para a desconcentração da riqueza, como a tributação dos setores mais privilegiados e o combate à sonegação das empresas”, disse a estudante.

No Palácio Piratini, representantes das escolas foram recebidos pelo assessor da Casa Civil, Leandro Sonne, ao qual foi entregue uma carta de reivindicações. Ao todo, estudantes de cinco escolas públicas do ensino médio de Porto Alegre e de Nova Santa Rita participaram das atividades.

No Palácio Piratini, representantes dos estudantes entregaram uma carta de reivindicações ao governo.

Confira a íntegra da carta:

Carta de reivindicação 

Nós, alunos das escolas públicas estaduais abaixo assinadas, juntamente com o movimento Levante Popular da Juventude, nos colocamos em solidariedade aos professores que sofrem com o congelamento e parcelamento dos seus salários.

Afirmamos que a educação pública e os servidores estaduais não podem pagar pela crise do estado. Por isso, apontamos como saída para a crise medidas que contribuam para a desconcentração da riqueza, como a tributação dos setores mais privilegiados e o combate à sonegação das empresas.

Também denunciamos a falta de comprometimento do Governo Sartori com a educação pública. Tal descaso se evidencia nas diversas deficiências apontadas pelas escolas e que são o mínimo que o estado deveria garantir:

- falta de professores;

- falta de manutenção da estrutura física;

- falta de repasse de verbas;

- não garantia de merenda escolar, etc.

Ressaltamos que professores e estudantes não podem pagar pela crise e exigimos agilidade do governo do estado, bem como da Secretaria Estadual da Educação para a solução da crise e dos problemas enfrentados pelas escolas. Por fim, deixamos a nossa mensagem: Sartori, a educação não pode ser parcelada!

Escola Estadual Nova Sociedade

Escola Estadual Oscar Pereira

Escola Estadual Padre Réus

Escola Estadual Roque Gonzales

Escola Estadual Elpídio Ferreira Paes

Levante Popular da Juventude

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